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Cavaco Silva diz que Passos Coelho "tirou o País da bancarrota"

Ex-Presidente da República diz que o "PSD é a única opção credível para libertar o País do Governo".

20 de maio de 2023 às 18:27

O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva disse, este sábado, que os dados "vergonhosos" movidos pelo PS foram salvos pelo antigo primeiro-ministro Pedro Passo Coelho. "Tirou o país da bancarrota", referiu durante o discurso no Encontro Nacional do PSD.

Cavaco Silva discursou no encerramento do terceiro Encontro Nacional de Autarcas do PSD e teceu duras críticas ao Partido Socialista (PS) e ao primeiro-ministro, António Costa. Deu destaque à "trajetória de degradação política e social" do Executivo que, em pouco mais de um ano de maioria de absoluta, governa "sem rumo e aos solavancos". 

O antigo Chefe de Estado explicou que decidiu aceitar o convite para participar no evento por estar "seriamente preocupado com as consequências da governação do PS". O discurso durou mais que 40 minutos. 

Cavaco acusou António Costa de perder a sua autoridade e acrescentou que, por vezes, os primeiros-ministros "decidem apresentar a sua demissão" devido a "um rebate de consciência".

"O Governo é um vazio. A palavra socialista é apenas um slogan", sublinhou. "O Governo de maioria absoluta do PS é o mesmo que permanecer no poder e controlar o objeto do Estado sem olhar a meios". 

Cavaco Silva descredibilizou as medidas adotadas pelo Governo, como o programa Mais Habitação, e sustentou que o PSD tem apresentado propostas e ideias superiores. "É totalmente falsa a acusação de que o PSD não tem apresentado políticas alternativas ao Governo do PS", salientou.

"Os portugueses acharão normal que o Governo dotado de uma maioria absoluta, que acaba de completar um ano, tenha sido forçado a afastar 13 membros? O PS precisa de esclarecer o manto de ambiguidades em que está escondido", afirmou. 

O ex-Presidente da República reiterou que, face ao cenário "desastroso" com o qual Portugal se confronta, o "PSD é a única opção credível para libertar o País do Governo".

"O PSD não deve ir a reboque de monções de censura apresentadas por outros partidos que estão mais preocupados em serem notícia dos meios de comunicação social. É minha opinião que o PSD não deve cometer o erro de prenunciar qualquer aviso de coligações. Não vamos cair nessa armadilha", alertou Cavaco devido aos recentes avanços dos outros partidos à direita como o caso do Chega e do Iniciativa Liberal. 

Cavaco Silva deu conta que os sociais-democratas estão a trabalhar para ganhar as próximas eleições. "O PSD está preparado. E Luís Montenegro está tão ou mais bem preparado do que eu estava. Em princípio, as eleições serão em 2026".

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