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Cavaco Silva prestou homenagem a ex-presidente da AR

Almeida Santos morreu segunda-feira.

20 de janeiro de 2016 às 11:33

O chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, foi na manhã desta quarta-feira uma das primeiras personalidades a prestar homenagem ao presidente honorário do PS e antigo presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, que morreu segunda-feira aos 89 anos.

Eram cerca de 10h15 quando Cavaco Silva, acompanhado pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República chegou à Basílica da Estrela acompanhado pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República à Basílica da Estrela, onde o corpo de Almeida Santos está desde terça-feira à tarde em câmara ardente.

Até às 11h00, tinham já também passado pela igreja do centro de Lisboa o antigo presidente da Assembleia da República Mota Amaral, a procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, o ex-líder do CDS-PP Ribeiro e Castro, o antigo ministro socialista Alberto Costa, a deputada do PS Sónia Fertuzinhos e o deputado do partido ecologista Os Verdes José Luís Ferreira.

Homenagem prestada

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio, a antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite, e o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foram algumas das figuras públicas que esta quarta-feira de manhã prestaram homenagem, em Lisboa, a Almeida Santos.

Jorge Sampaio quis ir à Basílica da Estrela, em Lisboa, prestar as últimas homenagens ao "querido amigo" e ao "grande português" que foi António Almeida Santos e em "todas as frentes em que se manifestou", quer "como pessoa, homem de cultura, grande político, jurista legislador".

"É uma grande personalidade que desaparece, é uma enorme saudade e sobretudo uma pessoa de grande carinho para com todos", salientou o antigo Presidente da República à entrada do templo onde, desde terça-feira, esteve o corpo do presidente honorário do PS em câmara ardente.

Jorge Sampaio aproveitou para também fazer uma homenagem à família, com destaque para a esposa de Almeida Santos, Margarida Almeida Santos.

"Relação de amizade"

Também a antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite recordou o presidente honorário do PS, com quem "criou uma relação de amizade" e "profundíssima admiração".

"Foi realmente um senhor não só na política como na vida e por isso não poderia deixar de lhe prestar esta homenagem", salientou.

Manuela Ferreira Leite frisou que "é a perda de uma pessoa que desempenhou um papel absolutamente determinante, não só na construção da nossa democracia como no exemplo que deu na vida com a sua maneira de ser".     

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que a sua presença na Basílica da Estrela significa "um ato de solidariedade" e de apresentação de condolências ao PS e à família do presidente honorário do PS.   

"Grande amigo"

O antigo presidente do CDS-PP Adriano Moreira foi das primeiras figuras públicas a passar pela Basílica da Estrela, em Lisboa, para homenagear o "grande amigo" António Almeida Santos, cuja morte considerou ser "uma grande perda".

"É uma grande perda que nós temos, mesmo na circunstância atual do país. O bom senso, o sentido de equilíbrio, o respeito pela diferença, próximo, tudo isso quando as situações são difíceis avultam mais como indispensáveis", afirmou aos jornalistas à saída da Basílica da Estrela.

Adriano Moreira realçou ainda o papel de António Almeida Santos como "interventor na Assembleia [da república] de uma qualidade excecional" e que "deixa grande uma obra escrita".

Construção da democracia

O ex-secretário-geral do PS António José Seguro recordou hoje o presidente honorário socialista Almeida Santos como um protagonista da construção da democracia, sublinhando a sua tendência para os consensos e a forma como punha "água na fervura".

"Recordo-o como um dos principais protagonistas da construção da democracia portuguesa, da sua consolidação, da edificação do Estado democrático de direito, não apenas através das leis, como já alguns salientaram, mas também através da ação e da sua palavra", afirmou António José Seguro, em declarações aos jornalistas à saída da Basílica da Estrela.

Salientando a forma como o antigo presidente da Assembleia da República "cultivava muito bem a língua portuguesa", escrevendo e falando "como poucos", António José Seguro destacou ainda a "ironia aveludada" e o sentido de humor de Almeida Santos.

António José Seguro lembrou ainda o último almoço que teve com Almeida Santos, no qual o presidente honorário do PS contou muitas histórias "que é pena não se saberem", sublinhando que guarda esses momentos como "um sinal e um testemunho de confiança e estima pessoal".

Maria de Belém Roseira

Maria de Belém Roseira, que suspendeu todas as ações de campanha até ao funeral de António Almeida Santos, apoiante da sua candidatura desde a primeira hora, salientou, à entrada da Basílica da Estrela, que o presidente honorário do PS "foi um mestre".

"Fica uma memória muito extraordinária de alguém que foi um mestre de como estar na vida, com verticalidade e coragem, sem demagogias e sempre defendendo aquilo que considerava correto e certo, mesmo que fosse impopular", frisou.

Cândido Ferreira

O candidato à Presidência da República Cândido Ferreira fez referência à atual "sociedade muito crispada" e salientou que o antigo presidente da Assembleia da República "era uma pessoa "dialogante, capaz de fazer consensos que a sociedade portuguesa precisa para que haja compromissos entre as forças políticas que levem a planos estáveis e duradouros".

"Se nós conseguirmos discutir os temas da atualidade portuguesa com elevação e se pensarmos no seu exemplo certamente poderemos sair enriquecidos desta morte que nos empobrece", sustentou.

Sampaio da Nóvoa

O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa afirmou que o presidente honorário do PS "é uma pessoa de grande referência na nossa vida democrática".

"Recordo como um homem com convicções e um homem muito determinado. No meu caso pessoal, nas muitas vezes que o encontrei, foi sempre para me dar um abraço, fosse como reitor, fosse noutras circunstâncias e dizer 'homem vai em frente, está muito bem, não deixe de se bater por aquilo em que acredita'", referiu.

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