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Comissão Europeia vai financiar projeto português de fabrico de baterias de lítio

Executivo comunitário prevê um financiamento de 2,9 mil milhões de euros.

Atualizado a 03 de novembro de 2025 às 12:37

Um projeto português de construção de uma fábrica de baterias de lítio está entre os 61 selecionados pela Comissão Europeia para financiamento no âmbito da redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), foi esta segunda-feira divulgado.

No total, o executivo comunitário prevê esta segunda-feira um financiamento de 2,9 mil milhões de euros para os 61 projetos de tecnologia de ponta de impacto zero.

Em Portugal, foi escolhido o projeto NEXTGEN CAM, dedicado à produção de material ativo de cátodo LNMO (óxido de lítio-níquel-manganês), utilizado nos cátodos das baterias recarregáveis de iões de lítio, fundamentais para veículos elétricos e armazenamento de energia.

Segundo informação da Comissão, o NEXTGEN CAM será uma unidade industrial pioneira neste tipo de produção, contribuindo para a cadeia de valor europeia das baterias e para a transição energética.

O financiamento provém do Fundo de Inovação, utilizando as receitas do Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da UE (CELE) e o NEXTGEN CAM inclui-se na categoria 'fabrico limpo', para projetos com despesas de capital superiores a 2,5 milhões de euros, centrada no fabrico de componentes para energias renováveis, armazenamento de energia, bombas de calor e produção de hidrogénio.

Nesta categoria estão selecionados 11 projetos para subvenções, que, no seu conjunto, receberão 774 milhões de euros e incluem projetos dos seguintes setores: fabrico de componentes de energias renováveis (6), projetos de reciclagem de baterias (4) e um projeto de componentes da indústria com utilização intensiva de energia.

Estas subvenções surgem na sequência de um primeiro convite à apresentação de propostas para tecnologias de impacto zero, lançado em dezembro de 2024, com o objetivo de reforçar a liderança tecnológica da Europa e acelerar a criação de soluções inovadoras de descarbonização.

A totalidade dos projetos selecionados abrange 19 setores industriais em 18 países e a tónica é colocada nas indústrias com utilização intensiva de energia, nas energias renováveis e no armazenamento de energia, na mobilidade e nos edifícios com emissões líquidas nulas, no fabrico de tecnologias limpas e na gestão industrial do carbono.

Bruxelas sustenta que os 61 projetos têm potencial para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, diminuindo cerca de 221 milhões de toneladas de equivalente CO2 durante a sua primeira década de funcionamento, um valor comparável às emissões anuais de 9,9 milhões de automóveis europeus.

Esta redução apoiará diretamente o objetivo da UE de alcançar a neutralidade climática até 2050 e o valor do financiamento de cada projeto selecionado será definido no primeiro semestre de 2026.

Publicada originalmente a 03 de novembro de 2025 às 11:58

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