"Acho que há um problema de responsabilização e temos que olhar de forma definitiva para onde queremos levar o SNS", defendeu o almirante.
O candidato presidencial Gouveia e Melo considerou esta quarta-feira que "a desorganização impera" no Serviço nacional de Saúde (SNS) por falta de rumo, que é preciso definir, e escusou-se a abordar "casinhos e casos" neste setor.
"Eu acho que há um problema de organização, de responsabilização e temos que olhar de forma definitiva para onde queremos levar o SNS", defendeu o almirante, em declarações aos jornalistas, após uma visita e reunião na Universidade de Évora.
Gouveia e Melo foi questionado sobre o setor da Saúde e problemas verificados nesta área, como o noticiado hoje pelo Correio da Manhã, de uma mulher que deu à luz num Uber, em Loures, quando estava a ser transportada para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.
"O que é que eu lhe posso dizer sobre isso? Vou dizer o que todos os portugueses sentem. Sentem que há um problema que não está a ser resolvido. E porque é que não está a ser resolvido? Porque não há recursos?", questionou o candidato presidencial.
O almirante Gouveia e Melo argumentou que "quem não tem destino, não consegue definir rumo", aludindo a esta máxima para se referir ao setor da Saúde.
"Qual é o SNS que nós queremos? Nós estamos a fragilizar o SNS para dar oportunidade às soluções privadas? Ou não? É esse SNS que ainda não percebi o que é que se deseja", afirmou.
Para o candidato presidencial, primeiro, é preciso definir qual é o Serviço Nacional de Saúde que o país deseja ter de futuro.
"E, depois de sabermos para onde é que é o destino, vamos definir o rumo e o planeamento para lá chegar", acrescentou.
Gouveia e Melo considerou, contudo, que "não está a acontecer nada disso, e, por isso, a desorganização, apesar dos recursos que estão a ser investidos, impera".
Os jornalistas questionaram ainda o candidato às eleições presidenciais de 18 de janeiro de 2026 sobre o caso do dermatologista do Hospital de Santa Maria que recebeu 700 mil euros por cirurgias adicionais, mas Gouveia e Melo escusou-se a comentar situações particulares.
"Eu não vou falar de casinhos e de casos. Estou preocupado é com o problema geral do país", limitou-se a referir.
Em relação à sua deslocação a Évora, o almirante Gouveia e Melo disse pretender sinalizar que, neste "território do interior, muitas vezes esquecido", estão a fazer-se "diversas coisas muito positivas", sendo que uma delas "é ligar o conhecimento à inovação e às empresas".
Uma parceria que o país precisa "de incorporar na economia", para que esta seja "mais produtiva e de maior valor acrescentado", privilegiando a atração dessa "economia para o interior do território português".
"E este polo universitário faz essas coisas todas", elogiou, aludindo à Universidade de Évora, mas considerando também que existem "grandes movimentos no Alentejo que podem mudar verdadeiramente" a região, como o Porto de Sines e os "grandes investimentos" tecnológicos e industriais programados para a zona.
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