Candidato presidencial defendeu que as empresas não podem estar apenas preocupadas com os acionistas.
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo desafiou esta quinta-feira o Governo a encontrar uma solução de equilíbrio das leis laborais, para não deixar ninguém para trás, e defendeu que as empresas não podem estar apenas preocupadas com os acionistas.
"Nós, por um lado, precisamos de flexibilizar, porque a economia mudou, mas, por outro lado, não podemos precarizar o trabalho, porque os seres humanos não são um produto que se troca no mercado da oferta e da procura. Os seres humanos são a constituinte base", disse Gouveia e Melo, durante uma visita ao mercado do Livramento, em Setúbal.
"O Governo tem de tentar encontrar uma solução de equilíbrio. Não há só uma solução do oito ou do 80. Peço ao Governo que reflita bem sobre isto, porque é mais fácil evoluir em consenso social do que evoluir com uma grande disputa interna social", acrescentou Gouveia e Melo, salientando que "a economia não pode deixar ninguém para trás".
O candidato presidencial Gouveia e Melo considerou ainda que "todos têm de participar neste processo de mudança das leis laborais, mas advertiu que as empresas têm de ter em conta outros aspetos fundamentais para a vida em sociedade e não estarem apenas preocupadas com os acionistas.
"As empresas hoje não podem estar preocupadas só com os acionistas. Têm de estar preocupadas com os acionistas, com os trabalhadores, com o ambiente, com o próprio mercado. É um outro tipo de capitalismo. O capitalismo desenfreado e selvagem não deu resultado noutras sociedades", disse.
"Uma solução de equilíbrio é a melhor para o país. É a melhor para a economia em si, mas é a melhor também para a coesão social, porque nós só avançamos com todos. Peço ao Governo que reflita bem sobre isto, porque é mais fácil evoluir em consenso social do que evoluir com uma grande disputa interna social", defendeu o candidato, convicto de que a proposta do Governo de alteração das leis laborais "ainda tem muito para afinar".
Questionado sobre as comemorações do 25 de novembro, Gouveia e Melo disse ser "um homem do 25 de novembro", data que considerou ter sido decisiva para evitar que uma ditadura de esquerda em Portugal.
"A data de 25 de abril é uma data importantíssima, porque foi o fim do regime, mas a data de 25 de novembro também é a correção desse momento de euforia, que foi a revolução, para construirmos uma democracia sólida, que é a democracia que nós temos hoje", disse Gouveia e Melo.
Na visita ao mercado do Livramento, em que começou por uma manifestação de pesar pela morte de um casal de idosos devido ao mau tempo em Fernão Ferro, no concelho do Seixal, Gouveia e Melo foi abordado por mais de uma dezena de pessoas, algumas das quais apenas para lhe prometerem o voto nas eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro de 2026.
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