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Governo aprova versão final do Orçamento do Estado para 2025

Proposta será entregue "daqui a mais ou menos 24 horas".

09 de outubro de 2024 às 13:37

O Governo aprovou, esta quarta-feira, a versão final do Orçamento do Estado para 2025, em Conselho de Ministros, o documento "reflete as negociações e as preocupações" manifestadas pelo PS, mas não tem garantias quanto à sua viabilização.

"Neste Conselho de Ministros aprovámos também a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2025. Esta proposta de lei será entregue no parlamento mais ou menos daqui a 24 horas, cerca da uma da tarde, pelo ministro das Finanças e o ministro dos Assuntos Parlamentares", afirmou o ministro da Presidência.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, António Leitão Amaro indicou que esta proposta "reflete as negociações ocorridas com o PS, procurando relativamente ao ano de 2025 acolher todas as preocupações manifestadas pelo PS".

O documento acolhe também "o conteúdo do acordo de concertação social assinado na semana passada de forma tripartida entre o Governo, representantes de uma das maiores confederações sindicais, a UGT, e as várias confederações empresariais portuguesas", acrescentou o ministro.

O valor destinado à Cultura na proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) é superior, em 18%, ao valor aprovado no OE para este ano, anunciou esta quarta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

"Neste OE o Governo dá um avanço muito grande na concretização nesse compromisso [de aumentar em 50% do orçamento para a Cultura até ao final da legislatura, previsto no programa do Governo]. Comparando com o ano passado, será um aumento à volta de 20%", afirmou Leitão Amaro, em conferência de imprensa no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, após a reunião desta quarta-feira do Conselho de Ministros.

De acordo com o ministro, o aumento será de 25%, "face ao que se estima ser a execução do orçamento da Cultura em 2024, e de 18% em relação ao que constava do OE 2024".

O valor da despesa total consolidada do Ministério da Cultura para 2024, excluindo a RTP, era de 518,3 milhões de euros, mais 14 milhões do que em 2023, segundo a proposta do OE para 2024.

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, informou que as medidas organizam-se em quatro conjuntos: Formação e criação cultural e artística; Preservação e valorização do Património Cultural e artístico; Acesso alargado à oferta cultural e Prevenção cultural e artística.

Dalila Rodrigues anunciou descontos de 50% no acesso aos teatros nacionais para jovens até aos 20 anos e gratuitidade no acesso aos teatros nacionais em visitas escolares, tanto para os alunos como para os professores. No briefing desta quarta-feira foi relembrada a medida, imposta a agosto deste ano, relativa à gratuitidade no acesso a museus e palácios no País, durante 52 dias.

O Governo quer estabelecer uma "relação nova" com as fundações e outros organismos com financiamento estatal, no âmbito da qual serão lançadas 116 residências artísticas, alargadas aos países de língua portuguesa, anunciou a ministra da Cultura.

A decisão, divulgada pelo Ministério da Cultura, contempla bolsas em música, dança e teatro, quatro por cada distrito e outras quatro por cada Estado da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Trata-se de uma "relação nova com as fundações ou outros organismos culturais que recebem apoio do Estado", disse a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, no final de uma reunião do Conselho de Ministros, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

"Os contratos-programa do Ministério da Cultura com as fundações terão como retorno para a oferta cultural pública [estas bolsas] e também numa componente que valorizámos muito na conceção deste programa, que tem a ver com a formação artística", afirmou a ministra.

As residências em música vão realizar-se na Casa da Música, no Porto, e no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, as de dança na Companhia Nacional de Bailado, em Lisboa, e as de teatro nos teatros nacionais São João, no Porto, e D. Maria II, na capital.

O Governo decidiu também a realização de cursos de formação em "mediação de arte contemporânea" no Museu de Arte Contemporânea, no CCB, no Museu de Serralves, no Porto, e na Fundação Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva, em Lisboa.

A estes cursos podem candidatar-se residentes em Portugal e na CPLP.

O Governo não adiantou os custos financeiros destas medidas, nem quando entram prática.

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