Governo vai atribui à Força Aérea gestão de meios aéreos de combate aos incêndios.
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O primeiro-ministro disse este sábado compreender a revolta que muitos sentem face às consequências dos incêndios, admitiu erros na forma como conteve as suas emoções, mas frisou que um líder de Governo deve diferenciar emoções e plano pessoal.
António Costa admite erro na forma como conteve emoções
António Costa falava no final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em São Bento, que durou mais de 11 horas e que foi dedicada à adoção de medidas para rever os sistemas de prevenção e combate aos fogos e para reparar os danos dos incêndios que deflagraram nos passados domingo e segunda-feira.
"Percebo bem a urgência que todos sentimos e compreendo a revolta que muitos sentem. O tempo das instituições não é o tempo da vida de cada um de nós", declarou o primeiro-ministro. Já na parte final da conferência de imprensa, o primeiro-ministro foi confrontado com a crítica de ter sido demasiado frio na reação às consequências dos incêndios de domingo e segunda-feira, que causaram 44 mortos. Costa respondeu que cada um vive as suas emoções "de modo próprio".
"Quem é primeiro-ministro deve procurar diferenciar as emoções que sente enquanto pessoa da forma como a exterioriza no exercício das suas funções. Admito ter errado na forma como contive essas emoções. Gostava muito mais se alguém dissesse que tinha abusado das minhas emoções", reagiu o líder do executivo.
Militares vão gerir meios aéreos
O primeiro-ministro anunciou que, na prevenção e combate a incêndios, as Forças Armadas vão ter um papel reforçado no apoio de emergência, ao nível do patrulhamento, e caberá à Força Aérea a gestão e operação dos meios aéreos.
António Costa anunciou estas medidas no final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em São Bento, que durou mais de 11 horas, tendo ao seu lado o titular da pasta da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.
Segundo o primeiro-ministro, haverá "um papel alargado" das Forças Armadas no que concerne "ao apoio militar de emergência ao nível do patrulhamento, nas ações de rescaldo, na parte logística, no auxílio junto das populações e, ainda, no que respeita às capacidades no apoio ao processo de decisão".
Nova Estratégia Nacional de Proteção Civil PreventivaNuma referência ao mandato da Comissão Técnica Independente, que há uma semana entregou o seu relatório, e alusão à espera que o seu executivo teve nos últimos meses - em relação à adoção de medidas de fundo na área dos fogos -, António Costa alegou que a um Governo cumpre respeitar o tempo das instituições que investigaram as causas dos incêndios de junho em Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e saber ponderar as conclusões e recomendações das comissões criadas na Assembleia da República. "Respeitámos esse tempo e agimos. Tomámos as decisões que importava tomar", disse.
O Governo aprovou uma Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva, em que define como "essencial" aproximar a prevenção e o combate aos incêndios rurais e como "prioritário" reforçar o profissionalismo e capacitação em todo o sistema.
"A Proteção Civil não é só para depois das calamidades. A Proteção Civil tem que começar na informação que é dada desde a escola até cada casa, para que todos possamos estar melhor preparados para nos protegermos dos riscos", declarou hoje o primeiro-ministro, António Costa, após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que demorou mais de 11 horas.
Além da aposta na profissionalização, a Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva vai reforçar o papel das Forças Armadas e da Força Aérea na prevenção e no combate aos incêndios.
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