José Luís Carneiro defende que tem visto a direita "levar à Assembleia da República temas completamente à margem" das preocupações.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou este domingo os partidos da direita de quererem "desviar as atenções" com uma estratégia em que as propostas que levam ao parlamento estão "completamente à margem" das preocupações dos portugueses.
"Os partidos da direita estão concentrados em matérias que não são as que preocupam as pessoas", afirmou o líder socialista, em declarações aos jornalistas no final da convenção autárquicas da candidatura do PS à Câmara de Évora.
José Luís Carneiro, após a sua primeira iniciativa como secretário-geral do partido, disse que tem visto a direita "levar à Assembleia da República temas completamente à margem" das preocupações que as pessoas lhe têm transmitido.
Segundo o líder socialista, os portugueses preocupam-se com os temas da habitação, saúde, salários e rendimentos, transportes públicos, segurança e limpeza do espaço público e respostas em creches e jardins-de-infância, entre outros.
"E aquilo que vejo é levarem propostas à Assembleia da República que não têm que ver com estas prioridades. Fará parte de uma estratégia de desviar as atenções da comunicação social e dos portugueses dos temas que preocupam as pessoas", apontou.
Uma das áreas que, na opinião de José Luís Carneiro, não tem tido resposta por parte da coligação PSD/CDS-PP é a da habitação, que, referiu, é uma das "primeiras prioridades" da nova liderança socialista.
"Propomos que se possa avançar com a construção de 50 mil casas ao ano até 2035. Temos apenas 2% de oferta de habitação pública e temos que alcançar um objetivo bastante superior se nos queremos comparar com os países europeus", salientou.
A proposta dos socialistas, indicou o secretário-geral do PS, passa por reforçar os meios financeiros dos municípios e avançar com a construção de habitação a custos controlados, envolvendo a administração central, municípios e privados.
"E [prever] a possibilidade de aquisição por parte dos municípios, procedendo ao posterior arrendamento com períodos longos de amortização, por forma a que os arrendatários, ao fim de 25 ou 30 anos, possam eles próprios ficar com essas habitações", sugeriu.
Questionado sobre a proposta do Governo de reduzir o IRS, que estará em discussão no parlamento, na sexta-feira, José Luís Carneiro reiterou que o PS "é favorável à descida dos impostos, nomeadamente sobre o trabalho", mas colocou condições.
"Primeiro, temos que olhar para os seus efeitos nas contas públicas", porque "temos que continuar com contas públicas saudáveis, para que, mais à frente, se o país tiver dificuldades em função do contexto internacional, não venham dizer que tivemos todos as mesmas atitudes e responsabilidades", assinalou.
Em segundo, o líder socialista defendeu que o IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) deve ser "mais reduzido para aqueles que ganham menos em relação àqueles que ganham mais", de forma a garantir "o princípio da justiça social".
Na sessão, o candidato do PS à Câmara de Évora, Carlos Zorrinho, definiu prioridades para o concelho e anunciou várias medidas, como a de manter a associação gestora da Capital Europeia da Cultura Évora 2027 para organizar um novo evento anual.
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