Presidente da República declarou que "as fronteiras da Estónia são fronteiras de Portugal".
O Presidente da República, que chegou esta quinta-feira a Tallin para participar numa reunião do Grupo de Arraiolos, destacou entre os pontos em agenda a discussão sobre as "recentes atuações" da Rússia, "uma preocupação constante" na Europa de Leste e báltica.
"O núcleo duro da discussão é, obviamente, a Europa de Leste, a Europa báltica, é o equilíbrio na Europa, e a preocupação com recentes atuações da Federação Russa que parecem ser uma espécie de medição de pulso à Europa, uma medição de pulso aos países da União Europeia (UE) e aos países da NATO", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas pouco após aterrar na capital da Estónia.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou que, neste país báltico, que acolhe a XX reunião do Grupo de Arraiolos -- fórum informal de chefes de Estado da UE sem poderes executivos -, "sente-se a medição do pulso, porque os drones, seja intencional, não seja intencional, aconteça de uma certa forma ou de outra, onde eles têm aparecido é na Europa de Leste e na Europa báltica".
"Isso aqui é uma preocupação constante e, por isso, nós dizemos aqui o que dissemos na Ucrânia: uma vez que também houve drones aqui na Estónia, as fronteiras da Estónia são fronteiras de Portugal", declarou.
Além da questão da segurança internacional, também serão discutidas neste encontro do Grupo de Arraiolos -- que arranca esta quinta-feira à noite com um jantar de trabalho e prossegue ao longo de sexta-feira -- os desafios da Inteligência Artificial (IA) e o conflito israelo-palestiniano.
Relativamente à IA, o chefe de Estado observou que a mesma "tem muito a ver com a segurança, pois há hoje mecanismos de Inteligência Artificial que criam problemas de segurança e que têm de ser regulados", razão pela qual o assunto foi discutido em sede das Nações Unidas, no sentido de "não permitir utilização de certo armamento envolvendo IA que é mortal, é letal".
"Depois, vai-se apreciar esta evolução positiva no Médio Oriente", acrescentou, referindo-se ao acordo em torno da primeira fase do plano de paz.
Marcelo Rebelo de Sousa participa em Tallin naquela que será a sua última reunião do Grupo de Arraiolos, tendo ainda previsto um encontro com a comunidade portuguesa, na sexta-feira à tarde, e um encontro bilateral com o seu homólogo da Estónia, Alar Caris, no sábado.
Na reunião de Tallin participarão 11 chefes de Estado: além de Alar Caris e de Marcelo Rebelo de Sousa, estão confirmadas as presenças dos Presidentes da Áustria, Alexander Van der Bellen, da Bulgária, Rúmen Radev, da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, da Grécia, Constantine Tassoulas, da Itália, Sergio Mattarella, da Letónia, Edgars Rinkevics, da Polónia, Karol Nawrocki, da Eslováquia, Peter Pellegrini, e da Eslovénia, Natasa Musar.
A terminar o seu segundo mandato no Palácio de Belém -- as eleições presidenciais realizar-se-ão a 18 de janeiro de 2026 -, Marcelo Rebelo de Sousa participará assim pela última vez numa reunião do Grupo de Arraiolos, a sua oitava, depois daquelas na Bulgária (2016), Malta (2017), Letónia (2018), Grécia (2019), Itália (2021), Malta (2022) e Porto (à qual presidiu, em 2023).
A reunião de 2020, que deveria celebrar-se em Lisboa, foi cancelada devido à pandemia da covid19, e, no ano passado, o Presidente da República não participou na reunião na Polónia invocando as negociações em curso em Portugal para o Orçamento de Estado de 2025.
A reunião seguinte do Grupo de Arraiolos, já com o novo Presidente da República português, celebrar-se-á em 2026 na Hungria.
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