Novo Chefe de Estado apela ao consenso político.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confessou que o dia da tomada de posse correu "como tinha sonhado", destacando "a mensagem de unidade dos portugueses, diálogo, fraternidade, aproximação e superação daquilo que os divide".
À saída da cerimónia na qual condecorou o ex-Presidente da República Cavaco Silva com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, que hoje decorreu no Palácio da Ajuda, e antes de ir para o concerto comemorativo da tomada de posse, na Praça do Município, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa falou em dois pontos diferentes aos jornalistas, confidenciando que este tem sido "um dia longo".
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"A ideia de ser uma mensagem de unidade dos portugueses, de diálogo, de fraternidade, de aproximação, de superação daquilo que os divide, e agora também com os jovens, correu muito como eu tinha sonhado", respondeu aos jornalistas, garantindo que ainda tem energia para o concerto.
Momentos antes, o novo Presidente da República disse que o dia da tomada de posse "correu bem no sentido de apelo aos portugueses para que haja espírito ecuménico".
"Uma aproximação, uma ideia de unir mais do que dividir, é um bocadinho esse o símbolo", concretizou, assumindo que "até agora [o dia] tem sido exatamente" aquilo que queria.
Questionado sobre como perspetiva os próximos cinco anos em Belém, Marcelo foi perentório: "Se fosse assim era um sonho, mas vamos lá ver se é possível".
Ramalho Eanes irá colaborar com Marcelo
O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, afirmou que Marcelo Rebelo de Sousa pode contar com a sua "colaboração e lealdade", mostrando-se convicto que o atual chefe de Estado irá ajudar Portugal a ser mais feliz.
"O senhor Presidente eleito a partir de hoje é o meu Presidente, pode contar com toda a minha colaboração e lealdade, e desejo-lhe as melhores felicidades pessoais", afirmou o antigo chefe de Estado à saída do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Interpelado pelos jornalistas à saída do local onde decorreu a cerimónia de condecoração com o Grande Colar da Ordem da Liberdade do Presidente cessante, Cavaco Silva, pelo chefe de Estado hoje empossado, Marcelo Rebelo de Sousa, Ramalho Eanes começou por afirmar que "por princípio estabelecido há já muito tempo" escusa-se a "fazer observações, comentários, sobre cerimónias, sobre os discursos, sobre a ação dos Presidentes" que o sucederam.
Apesar disso, o antigo Presidente da República disse estar "convencido que [...] ele vai ajudar o país a ser mais feliz e os portugueses a serem mais prósperos".
Cavaco Silva irá descansar
O ex-presidente da República Cavaco Silva disse que agora vai descansar e assumiu que a saída de Belém marca o "fim de um ciclo", agradecendo a generosidade do sucessor Marcelo Rebelo de Sousa na condecoração.
Depois dos cumprimentos que se seguiram à condecoração com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, feita pelo novo Presidente da República, Cavaco Silva falou brevemente com os jornalistas quando entrava no carro para deixar o Palácio da Ajuda, em Lisboa.
"Eu só posso agradecer a generosidade do novo Presidente da República. As condecorações aceitam-se, não se discutem. E até há quem diga que não se agradecem. Agora vou descansar. Obrigada", disse apenas.
Questionado pelos jornalistas se o fim de dois mandatos significava o fim de um ciclo, Cavaco Silva anuiu: "é o fim de um ciclo, diz bem".
Cavaco Silva condecorado
O ex-Presidente da República Cavaco Silva foi hoje condecorado pelo seu sucessor com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, seguindo uma 'tradição' iniciada em 1996 pelo então chefe de Estado Jorge Sampaio.
Numa breve cerimónia sem discursos, no Palácio da Ajuda, Marcelo Rebelo de Sousa impôs as insígnias a Cavaco Silva, que abandonou hoje a chefia do Estado, ao fim de dez anos na Presidência da República.
A cerimónia terminou com um demorado aperto de mão entre o Presidente da República e o seu antecessor, com Marcelo Rebelo de Sousa a deslocar-se depois para junto da família de Cavaco Silva, cumprimentando a mulher, os filhos e os netos antes de sair da sala.
Representantes de 17 confissões religiosas em "cerimónia sem precedentes"
Representantes de 17 confissões religiosas em "cerimónia sem precedentes"
"Dai-nos: sabedoria para distinguir o bem do mal; compreensão para acabar com os conflitos; compaixão para apagar o ódio; perdão para superar a vingança; amor para compreender e amar o outro. Faz com que todos os povos vivam de acordo com a Tua Lei de Amor", dizia a oração ecuménica universal, que terminou com um "Ámen" coletivo e um aplauso.
O Presidente da República chegou à mesquita de Lisboa pouco depois da hora prevista (16:45), onde foi recebido pelo presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Vakil, pelo imã da mesquita, xeque David Munir, e pelo cardeal-patriarca, Manuel Clemente.
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Marcelo louva espírito ecuménico de Portugal para ser grande
Marcelo Rebelo de Sousa louvou hoje o "espírito ecuménico" de Portugal, ao qual o país "deve muito da sua grandeza secular", na cerimónia inter-religiosa realizada na Mesquita Central de Lisboa.
Cerca de seis horas após tomar posse e prometer ser "de todos os portugueses sem exceção", o antigo presidente do PSD, professor de Direito e comentador televisivo assegurou ir ser o "garante da liberdade religiosa, em todas as suas virtualidades".
"Portugal deve muita da sua grandeza secular ao seu espírito ecuménico", afirmou o 19.º Presidente da República Portuguesa, no novo salão de festas do local de culto islâmico da capital, pois o país "foi grande sempre que soube cultivar esse espírito, dentro e fora das suas fronteiras físicas" e "ficou aquém do seu desígnio nacional sempre que sacrificou a riqueza da convergência de culturas, civilizações e, naturalmente, religiões".
Católicos e islâmicos destacam "exemplo" e "bom sinal" de encontro inter-religioso
A vida de Marcelo em Cascais
Responsáveis da igreja católica e da comunidade islâmica em Portugal destacaram que o encontro inter-religioso em que o Presidente da República hoje participou é "um bom sinal" e "um exemplo" para o mundo.
Em declarações aos jornalistas, o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, considerou que a celebração é "um bom caminho de contar com as diversas religiões como fatores de paz que elas essencialmente são".
O representante da igreja católica referiu que "religiões quer dizer ligações ou religações àquilo que é comum na humanidade em geral, como princípio e como fim". "Então que nos reencontremos para ativar essa mesma realidade é muito bom e que o senhor Presidente da República comece assim o seu mandato também é um bom sinal. Cá estamos", sublinhou.
Presidente assiste no sábado ao render do esquadrão presidencial, no Palácio de BelémO Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai assistir, no próximo sábado, ao render solene do esquadrão presidencial da Guarda Nacional Republicana (GNR) no Palácio de Belém, que estará aberto à população durante o dia.
O anúncio foi feito pelo Museu da Presidência da República na sua página do 'facebook', na qual convida a população a ter "um sábado diferente como convidado do Presidente da República".
"Para celebrar o início do mandato do novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Palácio Nacional de Belém terá acesso livre e gratuito no próximo sábado, dia 12, entre as 10:00 e as 17:30", lê-se na nota divulgada hoje.
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Marcelo Rebelo de Sousa visita Vaticano e Espanha no dia 17 de marçoO Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escolheu o Vaticano e Espanha como destinos da sua primeira deslocação oficial, que se realizará na próxima semana, a 17 de março, confirmou hoje à Lusa fonte do seu gabinete.
A Rádio Renascença avançou hoje à tarde que Marcelo Rebelo de Sousa tem uma audiência com o papa Francisco nesse dia.
De acordo com o gabinete do novo chefe de Estado, a audiência com o papa acontecerá de manhã, no Vaticano, e à tarde, Marcelo Rebelo de Sousa irá encontrar-se e jantar com o rei de Espanha, Filipe VI, em Madrid.
A ascensão de Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo entra em Belém como Presidente da República
Marcelo chegou a Belém. É a primeira vez que Marcelo entra no Palácio como Presidente da República. Subiu a rampa sem a família a acompanhá-lo.
Recebido com palmas por funcionários da Presidência no pátio dos Bichos, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se depois à sala de entrada do Palácio, a sala das Bicas, onde recebeu a insígnia dos Presidentes da República, a Banda das Três Ordens, uma cerimónia curta após a qual entraram na sala os convidados para o almoço.
O Presidente da República ofereceu o almoço a altas figuras nacionais e internacionais. Menu contou com Creme de espargos; robalo ao vapor e sobremesas. A refeição é acompanhada com vinho branco ou tinto.
Leia a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do Correio da Manhã, sobre este tema: Marcelo à Papa e a Constituição
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