Líder dos liberais indicou que a sua força política tem sido acusada de apresentar propostas de elevado custo no domínio fiscal.
A presidente da Iniciativa Liberal recusou esta quarta-feira a tese do primeiro-ministro de que está a radicalizar o seu partido, considerando que Luís Montenegro pretende antes esconder o aumento da despesa em 17 mil milhões de euros.
Esta posição foi defendida por Mariana Leitão em declarações aos jornalistas, no final de um lanche de Natal, no parlamento, em que fez um balanço positivo dos primeiros seis meses da sua liderança partidária.
Mariana Leitão afirmou que uma das principais prioridades da IL é a redução de impostos e referiu que, durante o debate do Orçamento para 2026, apresentou inúmeras propostas "que foram todas chumbadas" pelo PSD.
Confrontada com a acusação do primeiro-ministro de que radicalizou a IL, partido que votou contra a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026, a presidente dos liberais começou por indicar que a sua força política tem sido acusada de apresentar propostas de elevado custo no domínio fiscal.
"Mas vou só lembrar que, desde que Luís Montenegro é primeiro-ministro, a despesa pública aumentou 17 mil milhões de euros. Ora, isso é um valor muito superior às propostas todas da IL. Quando nos acusam de radicalismo para justificar a sua própria incapacidade, ou a sua falta de coragem, isso é só uma forma de tentar, no fundo, disfarçar essas características. Infelizmente, em muitas matérias, temos visto que é dessa forma que o Governo se comporta", contrapôs a presidente dos liberais.
Mariana Leitão advogou que há uma palavra que caracteriza os seus primeiros seis meses como presidente da IL: "Coragem"
"Coragem é algo que temos tentado trazer para o parlamento. Temos sido muito vocais em várias áreas e temos defendido afincadamente as políticas que sabemos que são as que o país precisa", defendeu.
Além das ideias relativas à descida dos impostos, a presidente da IL destacou as medidas defendidas pelo seu partido na área da habitação.
"Sabemos que é um flagelo social. Infelizmente, muitas pessoas deparam-se com a dificuldade no sentido de conseguir comprar ou arrendar uma casa. Precisamos de adotar políticas que garantam que há mais casas no mercado. Infelizmente, também aí, todas as nossas propostas são sempre chumbadas pelos vários partidos", lamentou.
Interrogada sobre a forma de ultrapassar as normas chumbadas pelo Tribunal Constitucional em relação ao decreto que revê a lei da nacionalidade, diploma que a IL votou favoravelmente, Mariana Leitão defendeu que, agora, o parlamento tem um trabalho a realizar em sede de especialidade, onde serão debatidos os vários temas.
"Obviamente, será também alvo de análise o próprio acórdão do Tribunal Constitucional. A IL está sempre disponível para contribuir construtivamente para as soluções", declarou.
A presidente da IL advertiu, depois, que "nem todas as normas foram consideradas inconstitucionais".
"Há questões levantadas pelo Tribunal Constitucional por causa de conceitos indeterminados, o que dá perfeitamente margem para se fazer um trabalho de especialidade no sentido de se aprimorar o novo decreto, garantindo-lhe um pouco mais de definição", acrescentou.
Questionada se o sentido de voto assumido pela IL em matérias como as leis dos estrangeiros e da nacionalidade não contrariam os princípios liberais a favor da livre circulação de capitais e de trabalhadores, Mariana Leitão argumentou que Portugal tem um problema de desregulação na entrada de imigrantes.
Um problema que disse ter sido causado pelo anterior Governo socialista, com a adoção do regime de manifestação de interesse, ou extinção do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).
"Têm de existir regras de entrada, ao mesmo tempo que também tem de se garantir que as necessidades da economia estão a ser acauteladas e as pessoas que entram são em número suficiente para acautelar essas necessidades", respondeu.
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