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Militares chineses bloqueiam território de Taiwan enquanto Pelosi reúne com a presidente Tsai Ing-wen

Exercícios da marinha chinesa e da força aérea são vistos como uma resposta direta à visita a Taiwan da diplomata norte-americana.

03 de agosto de 2022 às 07:30
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Militares chineses bloqueiam território de Taiwan enquanto Pelosi reúne com a presidente Tsai Ing-wen

Pequim demonstrou a sua indignação com a presença de Pelosi em Taiwan com um bloqueio do espaço aéreo e marítimo. Nancy Pelosi reuniu esta quarta-feira com a presidente da província separatista, Tsai Ing-wen.De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, os exercícios da marinha chinesa e da força aérea são vistos como uma resposta direta à visita a Taiwan esta terça-feira da diplomata norte-americana Nancy Pelosi e 

Os exercícios no espaço marítimo e aéreo ao redor de Taiwan estão "a pôr em perigo as rotas marítimas internacionais, desafiando a ordem internacional, pondo em risco o Estreito de Taiwan", referiu o ministério, citado pela Reuters, acrescentando que Pequim estar utilizar a guerra psicológica, obrigando as pessoas a relatar "notícias falsas" às autoridades.

É "uma tentativa de ameaçar os nossos portos e áreas urbanas importantes, e de minar unilateralmente a paz e a estabilidade regional", referiu, em comunicado, prometendo defesas "reforçadas" e uma resposta firme.

Um total de 21 aviões militares chineses entraram na Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan na terça-feira, informou esta quarta-feira o Ministério da Defesa da ilha em comunicado.

As incursões de aviões chineses aconteceram no dia em que a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos chegou a Taipé, no âmbito de uma visita à Ásia.

O Ministro dos Transportes e das Comunicações de Taiwan Wang Kwo-tsai adiantou, citado pela agência noticiosa de Taiwan, que o país está a negociar com o Japão e as Filipinas sobre uma rota de aviação alternativa. Quanto ao bloqueio da marinha chinesa, as autoridades portuárias de Taiwan pediram aos navios que tentem encontrar rotas alternativas e evitam as áreas onde estão os militares chineses. 

A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA chegou com uma delegação do Congresso numa visita não anunciada esta terça-feira, desafiando as repetidas advertências da China, com o objetivo de mostrar o compromisso inabalável dos EUA com a democracia de Taiwan.

Nancy Pelosi é a mais importante responsável norte-americana a visitar a ilha em 25 anos. A China, que considera Taiwan parte do seu território, chamou à visita uma grande provocação e ameaçou os Estados Unidos de retaliação.

"A nossa delegação veio a Taiwan para deixar inequivocamente claro que não abandonaremos Taiwan", disse Pelosi à presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, em discurso no escritório presidencial em Taipé, acrescentando que "a

gora, mais do que nunca, a solidariedade da América com Taiwan é crucial, e essa é a mensagem que estamos trazendo aqui, hoje."

A presidente da ilha agradeceu a Pelosi pela visita e disse que Taipé fará "o que for preciso" para fortalecer sua capacidade de autodefesa.

A China considera Taiwan parte do seu território e nunca renunciou ao uso da força para colocá-lo sob o seu controlo. Os Estados Unidos alertaram a China contra o uso da visita como pretexto para uma ação militar contra Taiwan.

Os líderes chineses expressaram indignação perante a visita a Taiwan da líder da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, que, após uma passagem por Singapura e Malásia, aterrou terça-feira em Taipé, capital do território que a China reivindica como uma província separatista a ser reunificada pela força, caso necessário.

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