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Montenegro acusa Costa de ir "ao banco de reservas" buscar novos ministros

Líder do PSD afirmou esta segunda-feira que o primeiro-ministro não faz uma verdadeira remodelação no Governo.

02 de janeiro de 2023 às 19:33

O presidente do PSD acusou esta segunda-feira António Costa de ter de ir "ao banco de reservas" buscar os novos ministros e de apenas fazer "promoções" e não uma verdadeira remodelação no Governo.

"No momento de maior crise do Governo, o primeiro-ministro desapareceu, ninguém o ouviu nestes dias, e vai reaparecer hoje de braços caídos a ir ao banco de reservas fazer uma remodelação que, em bom rigor, nem isso é. Não entra ninguém novo no Governo, o dr. António Costa perdeu definitivamente a capacidade de recrutamento, estas promoções são apenas ir buscar aparelho ao aparelho", acusou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas.

O presidente do PSD, que falava na sede nacional no fim da Comissão Permanente, comentava o anúncio de que o primeiro-ministro, António Costa, propôs esta segunda-feira os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves, respetivamente para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação.

Montenegro acusou o primeiro-ministro de já ter perdido "os titulares" de ministérios em áreas fundamentais como a saúde, mobilidade ou habitação, bem como o seu adjunto direto, e considerou que também "já perdeu o ministro das Finanças", Fernando Medina.

"Já tinha dado sinais de ser imprevidente no verão, mas agora a situação é intolerável. Se não sabia o percurso da pessoa que convidou, significa displicência e negligência grosseira. Se sabia e está a ocultar a verdade, significa inaptidão para o cargo", afirmou.

Na terça-feira passada, Fernando Media demitiu a secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis, depois das notícias de que esta saiu da TAP com uma indemnização de meio milhão de euros, situação que o ministro das Finanças assegurou desconhecer.

Questionado pelos jornalistas, Montenegro considerou que a administração da TAP também não tem condições para se manter no cargo.

"O pior não são os casos, é que o Governo é impotente para travar ou mitigar o aumento do custo de vida ou o crime político e financeiro que é a TAP", considerou.

Questionado sobre o facto ter sido a primeira vez que falou publicamente sobre o tema, o presidente do PSD reafirmou que esteve fora do país e que os sociais-democratas foram os primeiros a abordar a temática da secretária de Estado do Tesouro, logo na véspera de Natal.

"O momento de falar do presidente do PSD é hoje, mas eu não tenho a responsabilidade de coordenar o Governo, não foi na minha equipa que se abriram brechas, consegui coordenar a minha equipa à distancia. O PSD fez o trabalho que lhe competia", defendeu.

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