Presidente do PSD garante aumentar pensões para 820 euros até 2028.
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O presidente do Partido Social-Democrata, Luís Montenegro, subiu ao palco, este sábado, por volta das 20h00, para o último discurso no 41.º Congresso social-democrata, no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada, ao som da música "Don't stop believing" (em português, não deixem de acreditar).
No discurso começou por se dirigir a Aníbal Cavaco Silva, considerando o "legado" do político uma referência.
"O presidente Cavaco Silva é o maior responsável pelo legado que aconteceu no pós 25 de abril. Orgulho que temos no PSD, no trabalho que desenvolveu por portugal. Vamos estar à altura do seu legado nos próximos anos ", disse Montenegro.
Montenegro ataca opositores
Luís Montenegro afirmou que António Costa e os candidatos à sua sucessão são "farinha do mesmo saco" e querem aparecer na campanha eleitoral como vítimas, quando foram "do núcleo duro disto tudo".
"Não viram, não leram, não sabiam, não se aperceberam, a culpa há de ser da direita, a culpa há de ser do Passos, de vez em quando a culpa até há de ser do Cavaco", afirmou Luís Montenegro, provocando risos e aplausos no Congresso do PSD.
Na sua segunda intervenção perante os congressistas, o líder social-democrata considerou que António Costa e os candidatos à sucessão no PS, Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro - que não nomeou - foram "do núcleo duro disto tudo nos últimos oito anos".
Montenegro considerou que os socialistas são "os cristãos novos do equilíbrio das contas públicas", que considera ter sido conseguido à custa de mais impostos e de "engavetar investimento" nos serviços públicos.
Na intervenção de encerramento do 41.º Congresso do PSD, Luís Montenegro antecipou que, na sequência de anúncios do partido na área fiscal e social, já está a antecipar críticas de que o PSD "prometeu tudo a todos" ou que vai fazer o contrário do que quando foi Governo, no período da 'troika'.
"Quando esses cristãos novos nos vierem dizer isso, convém dizer que as contas equilibrados para o PSD são um pressuposto, uma condição da política pública, não o fim das políticas públicas", frisou.
PSD no Governo
O Presidente do PSD mostrou-se certo de que o partido vai ganhar as próximas eleições a 10 de março: "Vamos ganhar as eleições por aquilo que vamos ser capazes de fazer, não é só por aquilo que os outros não fizeram". Luís Montenegro citou o cantor Pedro Abrunhosa e acrescentou: "Este é o momento para fazer o que ainda não foi feito".
"Serei o primeiro-ministro que Portugal precisa nos próximos anos", afirmou pedindo aos portugueses que votem no PSD caso queiram mudar o governo.
"Também sei que as pessoas esperam mais de mim do que aquilo que eu fui capaz de mostrar até agora. Quero dizer-vos, olhos nos olhos, eu tenho noção disso", afirmou, numa passagem muito aplaudida do seu discurso.
Luís Montenegro assegurou que irá "dar mais" - diz já ter visitado 258 concelhos do país - e que tem ouvido muitas pessoas para "poder decidir bem".
"Eu ouço mesmo as pessoas, tenho ouvido algumas que me dizem que devo ser mais enérgico, mais acutilante, aquele líder parlamentar que elas têm na memória. Também tenho outros que me pedem mais contenção e me dizem que nem tudo está mal", afirmou.
Dizendo respeitar todos, Montenegro assegurou que vai continuar a ser "combativo, mas ao mesmo tempo sensato, firme e moderado".
"Eu sei que sou muito obstinado nas missões que abraço mas também vos quero dizer: tento ser sempre o mais justo possível, sou sempre honesto, solidário e humano", afirmou.
Pensões e Reformas
Luís Montenegro, afirmou também que quer aumentar para 820 euros o rendimento mínimo garantido dos pensionistas até 2028, assegurando que o seu partido não vai cortar "um cêntimo a nenhuma pensão".
"Vamos aumentar, de acordo com a lei, as pensões de uma forma geral, mas vamos também, de forma gradual e até ao final da legislatura, colocar a referência do complemento solidário para idosos nos 820 euros. Isto traduz-se no seguinte: até 2028, o rendimento mínimo garantido dos pensionistas portugueses será de 820 euros", defendeu.
Montenegro garantiu que "este objetivo é realizável" e "não coloca em causa o equilíbrio das contas públicas".
"E para futuro, eu vejo como intercalar, para que numa legislatura seguinte, o rendimento mínimo garantido de um pensionista possa ser equivalente ao salário mínimo nacional atualizado. É um objetivo para cumprir em duas legislaturas", disse.
O político frisou a "valorização dos salários" dos portugueses, referindo que "são cada vez menos os portugueses que estão acima do salário mínimo e que esse é o grande problema de Portugal".
Neste tópico, o líder social-democrata chegou a elogiar, "com humildade democrática", o aumento do Salário Mínimo Nacional feito pelo governo socialista nos últimos anos.
Montenegro prometeu ainda baixar a taxa de IRS até ao oitavo escalão
Professores e Jovens
A reposição integral do tempo de serviço dos professores foi outra promessa do presidente do PSD, afirmando que Portugal precisa "de 35 mil novos professores", assim como fixar os jovens no País, "unindo gerações, empresas e empreendedores, estimular mais riqueza, promover a transparência e erradicar a corrupção". O PSD quer baixar o IRS jovem até aos 35 anos para um terço do que neste momento pagam.
O Presidente do partido social-democrata disse que "é preciso danificar e regular a imigração" e que Portugal tem de saber acolher e integrar os agregados familiares da população migrante "como um todo e não apenas o progenitor masculino".
Montenegro terminou o discurso a cumprimentar todas as mulheres portuguesas, evocando as 25 vítimas que foram mortas no País em 2023 por violência doméstica. O 41.º Congresso social-democrata aconteceu este sáabdo, a 25 de novembro, dia em que se luta pela eliminação da violência contra as mulheres.
"Vamos ao trabalho, vamos para as ruas. Viva Portugal, viva, viva, viva", foram as últimas palavras de Luís Montenegro numa intervenção de 40 minutos.
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