Reação surge depois de PSD e BE terem pedido a sua audição urgente sobre as suspeitas de tráfico por militares portugueses.
O ministro da Defesa Nacional afirmou esta quinta-feira que "qualquer membro do Governo está sempre disposto a ir ao parlamento", depois de PSD e BE terem pedido a sua audição urgente sobre as suspeitas de tráfico por militares portugueses.
"Qualquer membro do Governo está sempre disposto a ir ao parlamento", respondeu João Gomes Cravinho aos jornalistas, depois de ter sido questionado sobre os pedidos de audição urgente entregues hoje na Assembleia da República por PSD e BE para o ouvir sobre as suspeitas de tráfico de diamantes, ouro e droga que recaem sobre alguns militares e ex-militares que participaram em missões na República Centro-Africana.
À margem do 30º colóquio de História Militar, no Palácio da Independência, em Lisboa, no qual participou, Cravinho foi ainda interrogado sobre se haveria tempo para estas audições, respondendo apenas: "isso não sei".
Quanto às restantes perguntas dos jornalistas, o ministro recusou mais comentários.
Na quarta-feira, João Gomes Cravinho tinha recusado comentar as medidas de coação aplicadas aos arguidos no âmbito da Operação Miríade, por se tratarem de "assuntos da esfera judicial".
A Polícia Judiciária (PJ) confirmou em 08 de novembro a execução de 100 mandados de busca e 10 detenções, incluindo de militares e ex-militares, no âmbito da Operação Miríade, na sequência de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais e que "se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas".
Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) revelou que alguns militares e portugueses em missões na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios" no tráfego de diamantes, adiantando que o caso foi reportado em dezembro de 2019.
O Presidente da República escusou-se na quarta-feira comentar as suas relações com o Governo depois de não ter sido informado do processo, e, questionado se neste caso se verificou uma nova falha de comunicação entre o ministro da Defesa e o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa retorquiu: "Não levem a mal, mas eu não tenho mais nada a comentar. Percebo a vossa curiosidade, estão na vossa função, mas eu também estou na minha função".
No dia anterior, em Cabo Verde, o chefe de Estado relatou que o ministro da Defesa lhe tinha explicado que "na base de pareceres jurídicos tinha sido entendido que não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou parlamento".
Em Berlim, depois de um almoço com o vencedor das eleições na Alemanha e atual vice-chanceler Olaf Scholz, o primeiro-ministro justificou na quarta-feira não ter informado o Presidente da República sobre a rede de tráfico envolvendo militares e civis, porque ele também não tinha conhecimento.
"Eu não informei porque não estava informado, portanto isso é um tema que será de ser tratado, mas num sítio próprio que é em território nacional", revelou António Costa.
Esta segunda-feira o ministro da Defesa revelou ter informado as Nações Unidas (ONU) em 2020 das suspeitas de tráfico que recaíam sobre alguns militares portugueses em missão na República Centro-Africana, garantindo que estes já não se encontravam naquele território.
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