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José Silvano volta a assinar presença e sai da sala

Secretário-geral do PSD foi à Comissão Eventual para o Reforço da Transparência só para marcar presença.

08 de novembro de 2018 às 10:06

Não há duas sem três e o secretário-geral do PSD segue o ditado à risca. Depois das duas falsas presenças em plenário, ontem José Silvano voltou a ausentar-se, mas não sem antes deixar a assinatura. Rui Rio, líder do PSD, mantém a confiança política em Silvano: "As minhas palavras não são como os iogurtes."

Desta vez, Silvano entrou numa reunião da Comissão Eventual para o Reforço da Transparência, da qual é coordenador do PSD, só para assinar o livro de ponto, saindo sem sequer se sentar. "O que deixa uma marca difícil de apagar", revela uma fonte do PSD ao CM

Questionado pela Lusa sobre os motivos da ausência, o deputado disse que esteve a fazer trabalho político, sem mais. Ao CM, o deputado laranja Duarte Marques defendeu Silvano, explicando que tinham "àquela hora uma reunião para debater pontos do Orçamento".

Depois desabafou que "o que se está passar quanto ao uso da palavra-passe é uma situação triste e desagradável ". No interior do partido há ainda quem admita a "situação de fragilidade em que se encontra Silvano", afirmando que lhe "falta autoridade ética e política". Os mais radicais, apoiantes de Passos Coelho, consideram que já se atingiu o "limite".

"Rui Rio falou em banho de ética mas não dá exemplo", diz uma fonte. Mas "se Silvano cair, Rio dificilmente terá alguém para o substituir", contrapõe um deputado.

Depois de o Parlamento ter confirmado que alguém usou a palavra-passe de Silvano para marcar a presença em plenário, Rio reafirmou na Finlândia que as suas palavras "não são como os iogurtes que têm validade de 30 dias". "As minhas têm validade mais prolongada, só se alteram quando se alteram as circunstâncias ", mantendo a confiança em José Silvano.

O CM apurou que no Parlamento circulam dois nomes de deputados que poderão ter usado a palavra-passe de Silvano.

Direita europeia escolhe candidato à Comissão

17 delegados do PSD e cinco do CDS vão ajudar a escolher o candidato do Partido Popular Europeu à presidência da Comissão Europeia, no congresso que termina hoje na Finlândia. O líder social-democrata, Rui Rio, apoia o eurodeputado alemão Manfred Weber, que surge como favorito.

Na corrida está também o ex-primeiro-ministro da Finlândia Alexander Stubb. A líder do CDS, Assunção Cristas, anuncia hoje qual dos dois candidatos prefere. As eleições europeias realizam-se em maio de 2019.

SAIBA MAIS 

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euros de ajudas de custo é quanto os deputados recebem por cada dia em que participam nos trabalhos parlamentares. O deputado não recebe a verba se faltar. José Silvano garante que "não se aproveitou de dinheiros públicos".

PGR está a analisar

A Procuradoria-Geral da República confirmou ao Correio da Manhã que "está a analisar os elementos que têm vindo a público, com vista a decidir se há algum procedimento a desencadear no âmbito das competências do Ministério Público".

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