Figuras de topo do PSD e do CDS defenderam que a atual procuradora deve ser reconduzida.
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A um mês de terminar o seu mandato de seis anos à frente da Procuradoria-Geral da República, a continuidade ou não de Joana Marques Vidal no cargo continua a gerar divisões no espetro partidário. As pressões para que fique aumentam, sobretudo por parte dos partidos à direita, mas também chegam ecos de desconforto dentro do Governo face a uma possível recondução.
Um dia depois de Rui Rio ter dito que o PSD só deve tomar uma posição após ser ouvido pelo Governo, um grupo de cinco personalidades ligadas ao PSD veio ontem a público defender a continuação em funções da atual Procuradora-Geral da República (PGR). Essa parece aliás ser a posição dominante dentro do partido, mesmo no núcleo mais chegado a Rio, já que José Silvano, secretário-geral social-democrata, anunciou ser favorável à renovação do mandato.
Fontes do PSD admitiram ao CM que poderemos estar perante uma estratégia de Rio para "não dar pretexto" ao primeiro-ministro, António Costa, de não o consultar sobre o tema. A verdade é que o líder do Governo já fez saber que vai consultar os diferentes partidos sobre esta matéria.
Costa tem insistido que ainda não chegou o tempo de decidir sobre a substituição ou não da PGR, mas segundo fonte do Executivo citada ontem pelo ‘Expresso’ uma coisa é certa: não haverá "nem guerra" nem "finca-pé" com o Presidente da República, a quem caberá a última palavra sobre o assunto.
Embora Marcelo Rebelo de Sousa tenha procurado esvaziar a pressão partidária que está a ser colocada sobre este processo, afirmando, anteontem, que "não há nenhuma razão para dramatização", tal não parece ser fácil.
Ontem foi a vez da presidente do CDS, Assunção Cristas, insistir no tema, ao garantir que o partido continuará a "pugnar pela recondução da atual PGR".
Cinco militantes do PSD defendem continuação
O ex-ministro Poiares Maduro, o antigo dirigente do PSD José Eduardo Martins e três deputados laranja – Leitão Amaro, Miguel Morgado e Duarte Marques – defenderam ontem, no ‘Expresso’, a continuação no cargo da atual PGR.
A posição é justificada com o facto de Joana Marques Vidal ter promovido o "combate à corrupção a todos os níveis do poder, sem olhar a privilégios na aplicação da lei".
PORMENORES
PGR divide socialistas
Os socialistas estão divididos sobre a continuidade de Joana Marques Vidal à frente do Ministério Público. Reconhecem o trabalho feito, mas, a título de exemplo, o presidente do PS, Carlos César, diz que "o mandato não pode ser eternizado".
PSD vai do sim ao esperar
A começar por Luís Marques Mendes, parte do PSD quer uma posição institucional a apoiar a recondução da PGR. Já Rui Rio diz que não quer partidarizar a escolha.
CDS quer recondução
A líder do CDS, Assunção Cristas, veio a público dizer que Joana Marques Vidal deve continuar no cargo. Até desafiou o Governo a assumir o contrário.
BE e PCP institucionais
Bloco de Esquerda e PCP têm uma posição idêntica. Admitem que foi feito um trabalho positivo, mas dizem que cabe ao Governo e ao Presidente da República decidir se a PGR continua.
SAIBA MAIS
2012
foi o ano em que tomou posse a primeira mulher como Procurador-Geral da República (PGR). Joana Marques Vidal foi empossada pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no dia 12 de outubro.
Poder político nomeia
O PGR é o único magistrado designado pelo poder político. A nomeação é proposta pelo primeiro-ministro, mas carece da posterior aprovação pelo Presidente da República. O mandato tem a duração de seis anos, sendo a lei omissa sobre uma possível recondução no cargo.
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