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Ventura diz que Chega entregou lista de dirigentes e acusa Garcia Pereira de ser um "pequeno ditador"

Advogado acrescentou um aditamento à queixa apresentada para a extinção do Chega, alegando que o partido não apresentou uma lista atualizada dos seus dirigentes.

06 de novembro de 2025 às 18:08

O presidente do Chega, André Ventura, classificou esta quinta-feira o advogado Garcia Pereira como um "pequeno ditador", rejeitando a acusação de ilegalidade do partido e garantindo que a lista atualizada de dirigentes foi entregue no Tribunal Constitucional.

"É evidente que sim, isso é obrigatório a seguir a todas as convenções, isso é só mais um disparate do doutor Garcia Pereira", disse André Ventura em declarações aos jornalistas na sede nacional do Chega, em Lisboa.

Na quarta-feira, o advogado António Garcia Pereira acrescentou um aditamento à queixa apresentada para a extinção do Chega, alegando que o partido não apresentou uma lista atualizada dos seus dirigentes nacionais nos últimos seis anos.

Confrontado com essa queixa, o presidente do Chega questionou como é que se pode dar "o mínimo de credibilidade e o mínimo de seriedade" a "alguém que é um líder de extrema-esquerda, conhecido pela sua violência, conhecido pelo desalinhamento total, um partido que nunca mereceu a confiança dos portugueses e nunca sequer elegeu um deputado para a Assembleia da República".

André Ventura alegou que isso só acontece "por uma razão, é porque se quer fazer mal ao Chega" e indicou que "aqueles que querem destruir o Chega só dão mais força".

"Aqueles que nos querem destruir na secretaria não vão conseguir, porque a democracia portuguesa defendeu-se sempre a si própria, e nós também vamos defender, e a democracia portuguesa vai-se defender a si própria. Porque nós não aceitamos que pequenos ditadores como o Garcia Pereira ponham fim ou queiram extinguir pela força um partido", afirmou.

E acrescentou: "Aqueles que querem acabar com a democracia pela secretaria e aqueles que querem vencer-nos, não pelo debate, não pelas eleições, mas através da secretaria, só nos dão mais força democrática. E eu não sou pelo ódio, eu sou por vencer nas urnas e por convencer as pessoas que os nossos valores são os certos".

Ventura considerou também que militantes do Chega que têm criticado a sua liderança concordarem com a extinção do partido "é um contrassenso", é "o contrário da liberdade e da democracia" e mostra "ressabiamento e baixeza".

"Eu movo-me na política por resolver problemas, não por responder nem a frustrações, nem a ressabiamentos, nem a pequenas vinganças, nem vinganças contra o partido. Um militante ou uma militante que apoia uma queixa da extrema-esquerda para extinguir o partido e para fazer desaparecer o segundo maior partido da democracia, mostra em si mesmo quão pouco democráticos são e como deixam que o ressabiamento e a frustração tolde do seu raciocínio", salientou.

André Ventura desafiou igualmente aqueles que estão descontentes com a sua liderança a disputá-la na próxima convenção do Chega, que apontou para o próximo ano, após as eleições presidenciais de 18 de janeiro, às quais concorre.

"Não fazia sentido misturar as duas coisas. Nem quero que vão dizer que o André Ventura fez um congresso do Chega para fazer campanha presidencial durante três dias", justificou.

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