“Ameaçou que matava a mãe”: Irmã de homicida conta vida de terror da vítima
Paulo Jorge Nunes assassinou mãe por esta ‘embirrar’ por não querer trabalhar.
Ficou em silêncio no Tribunal de Matosinhos o homem de 45 anos que, em maio do ano passado, matou a mãe, de 78, com sete facadas na cabeça e no pescoço, no sofá da casa onde viviam, na Póvoa de Varzim.
Paulo Jorge Nunes está em prisão preventiva e responde por homicídio qualificado, ameaças agravadas e violência doméstica contra a mãe durante 18 anos. Terá matado Emília Simões por esta ‘embirrar’ consigo por não querer trabalhar.
No início do julgamento, foi ouvida a irmã do arguido. "Ele tinha muita preguiça e não queria trabalhar. A minha mãe diz que lhe desaparecia dinheiro de casa, queixava-se que ele a insultava. Só dormia e comia. Ameaçou várias vezes que a matava", disse Virgínia da Conceição, filha da vítima, que testemunhou na ausência do arguido.
"Eu tenho medo dele. Ele chegou a ameaçar-me com uma faca e tentou bater-me com uma jarra", frisou a mulher que, após os sucessivos episódios de violência, denunciou o irmão à PSP. O crime foi cometido três dias depois da queixa.
No dia do homicídio, Paulo Jorge entregou-se. Levou a faca com a qual matou a mãe e confessou o crime.
Como apresentava um discurso pouco coerente, foi levado para a Psiquiatria do Hospital de S. João, Porto. Pouco depois, sem saber da morte da mãe, a irmã do homicida pediu para ser retirada a queixa. Só então a PSP desvendou o crime.
Foi à casa da família e encontrou a idosa já sem vida. "Ela implorou-me para não apresentar queixa. Mal sabia eu que ele já a tinha matado", contou.
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