Pedras, tiros e garrafas: Violência contra agentes da PSP cresce nas últimas três semanas
Quatro confrontos ocorreram no distrito de Lisboa e um quinto em Elvas. Recorde os casos de violência contra a polícia.
A violência contra a PSP está a crescer. Nas últimas três semanas, cinco casos de indivíduos que se viraram contra as autoridades mostraram a violência que os agentes têm enfrentado ao tentar travar festas ou mesmo a cumprir detenções.
No intuito de travar a festa ilegal - visto o estado pandémico atual - os agentes deslocaram-se ao bairro e foram recebidos a tiro e à pedrada. Foram ainda atiradas garrafas de vidro contra os agentes.
No seguimento destes arremessos, as autoridades foram obrigadas a pedir um reforço policial e os ânimos serenaram já perto das 5h00. Como resultado, três agentes e um morador ficaram feridos.
Na semana passada ocorreram outros dois casos no distrito de Lisboa, separados apenas por dois dias, nas Olaias e em Oeiras.
A situação teve lugar pelas 19h45 no bairro Portugal Novo, nas Olaias, Lisboa. A PSP perseguiu até ao bairro um condutor que tinha cometido uma infração na rotunda das Olaias.
Foi quando saíram dos carros para deter o condutor que os polícias foram cercados e dois deles agredidos.
Nas imagens a que o Correio da Manhã teve acesso via-se os agentes encurralados entre carros e um deles armado de shotgun a procurar a proteção de um prédio.
O ataque aos distribuidores ocorreu pelas 00h15, junto a um restaurante McDonald’s. Por motivos fúteis, as vítimas foram atacadas pelo amputado e outros quatro comparsas, incluindo uma mulher. O grupo fugiu num Audi. Dois estafetas foram hospitalizados.
Já no final do mês de abril, dia 27, outro caso de violência contra a PSP, desta vez em Casal de Cambra.
Foi no final da noite de dia 27 que quatro agentes da divisão de Sintra da PSP ficaram feridos na sequência de confrontos com moradores do bairro de Santa Marta, em Casal de Cambra.
Ao que o CM apurou, a polícia foi chamada àquele bairro pouco antes da meia-noite de segunda-feira, devido a excesso de ruído causado por uma festa.
Os agentes mobilizados ao local foram recebidos com arremesso de pedras, garrafas, e outros objetos, e foi necessário pedir reforços. Já com um dispositivo mais musculado, a PSP foi forçada a disparar para o ar, munições de borracha, para dispersar os populares que enfrentavam e tentavam agredir as forças de segurança.
Os agentes precisaram de tratamento hospitalar. O CM contactou o oficial de serviço do Comando da PSP, que confirmou a ocorrência.
O único detido, que terá apedrejado os polícias, foi presente a tribunal, em Sintra, tendo sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Devido ao número insuficiente de operacionais no local, foram solicitados reforços tendo posteriormente chegado uma Equipa de Intervenção Rápida e uma Equipa de Investigação Criminal.
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