Camaleão com vida de altos e baixos

Tinha 6 anos quando emigrou para o Luxemburgo.

04 de fevereiro de 2016 às 19:44
António José da Silva Veiga, Luxemburgo, Seixo de Ansiães, Carrazeda, Pinto da Costa, Joaquim Oliveira, Algarve, João Vieira Pinto, FC Porto Foto: Francisco Paraíso
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António José da Silva Veiga foi a salto para o Luxemburgo em 1969. Seguiu pai e irmãos que fugiam da vida difícil na terra, Seixo de Ansiães, em Carrazeda, que mais tarde viria a ajudar - ofereceu o sino da igreja e um campo de futebol. O transmontano de 52 anos começou aí a vida de camaleão: dá-se com quem melhor convém e amigos passam com facilidade a inimigos.

Tocador de órgão e acordeão, foi estudando e teve o primeiro trabalho aos 15 anos. Lavou e pintou carros. Nos anos 80 iniciou-se no meio que o fez famoso: o futebol. Fundou a casa do FC Porto no Luxemburgo, recebeu o Dragão de Ouro em 1988 e ganhou a amizade de Pinto da Costa. Seguiu-se Joaquim Oliveira, que lhe deu sociedade aos 29 anos. Um ano depois criou a Superfute - e atacou o Benfica no ‘Verão Quente’ de 1993, escondendo Paulo Sousa no Algarve a caminho do Sporting. Tentou o mesmo com João Vieira Pinto, mas só o conseguiu em 2000. Perdeu protagonismo para dar a volta: em 2004 era diretor-geral do Benfica de Luís Filipe Vieira. Roubou atletas ao FC Porto em guerra com Pinto da Costa. Ressentiu-se da saída das águias em 2006, após processos judiciais, e em 2012 foi apontado como mentor de candidaturas contra Vieira.

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