Incêndio em Valpaços destrói três casas e obriga a evacuar aldeias

Chamas consomem uma zona florestal.

13 de setembro de 2019 às 16:07
Incêndio em Valpaços destrói casa devoluta e obriga a evacuar aldeia Foto: CMTV
Incêndio em Valpaços destrói casa devoluta e obriga a evacuar aldeia Foto: CMTV
Incêndio em Valpaços destrói casa devoluta e obriga a evacuar aldeia Foto: CMTV

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O incêndio que deflagrou esta sexta-feira, pelas 13h36, em Ervões, Valpaços, e que obrigou à evacuação de duas aldeias, já passou para o concelho vizinho de Chaves, disse à Lusa fonte da proteção civil.

O fogo, com quatro frentes ativas, chegou a Gondar, em Chaves, distrito de Vila Real, sendo agora o "maior obstáculo" ao combate às chamas o "vento forte" e as suas mudanças de direção.

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"Esperamos reforços de meios de Lisboa, Porto, Viseu, Guimarães ou Braga para nos ajudarem no difícil combate às chamas", disse à Lusa fonte do CDOS.

Duas aldeias do concelho de Valpaços, nomeadamente de São Domingos e Valongo, foram evacuadas e pelo menos três casas destruídas pelo incêndio, adiantou à Lusa fonte da câmara local.

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"A localidade de Valongo foi já evacuada e pelo menos três casas arderam", explicou.

A aldeia de Celeirós poderá ser também evacuada devido ao fogo, acrescentou a fonte.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o fogo, que deflagrou pelas 13h36, está a ser combatido por 330 bombeiros, apoiados por 101 viaturas e quatro meios aéreos.

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Proteção Civil espera ter fogo dominado em Valpaços sábado de manhã

Em declarações aos jornalistas, na freguesia de Ervões, Valpaços, distrito de Vila Real, onde está instalado o centro móvel de operações, Borges Machado afirmou que o ideal seria controlar o fogo durante a noite, mas o vento forte está a ser um "grande obstáculo" e a dificultar os trabalhos.

A acrescentar ao vento, o responsável da Proteção Civil referiu a escassez de pontos de água no concelho como outra das dificuldades, adiantando que os meios aéreos demoravam muito tempo entre ir buscar e descarregar água.

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Falando num incêndio "complicado", Borges Machado referiu que o fogo está a ceder aos meios de combate, mas não na sua totalidade.

Com três frentes ativas, depois de já ter tido quatro, o 2.º comandante contou que duas delas estão a ceder, estando uma delas mais de 80% dominada, e a outra a causar muitas preocupações porque entrou numa linha de água e é de difícil acesso.

"São muitas localidades que estão em volta deste incêndio, foi um incêndio de vento. Na verdade, andamos sempre a correr atrás dele para socorrer as pessoas, porque primeiro estão as pessoas e só depois os bens", frisou.

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O comandante explicou que "por precaução" retiraram, durante a tarde, 16 pessoas de uma localidade e oito de outra, tendo estas já regressado depois de se considerar não haver riscos.

Entre estas, apenas dois idosos acamados, que haviam sido retirados pela Cruz Vermelha Portuguesa, vão pernoitar num lar.

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