Taxistas apelam a Costa e pedem novos reforços
Profissionais apelam ao primeiro-ministro para que a ‘lei da Uber’ não entre em vigor.
"Costa, urgente, ouve o nosso presidente", gritavam esta sexta-feira os taxistas que se mantinham, pelo terceiro dia consecutivo, em protesto junto à praça dos Restauradores, em Lisboa, e ao longo da avenida da Liberdade. Ao primeiro-ministro, dirigiam o apelo para que a lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte, como a Uber, não entre em vigor a 1 de novembro.
O PCP entregou ontem no Parlamento um projeto de lei para revogar o regime jurídico das plataformas eletrónicas de transporte de passageiros. "Importa que haja coerência e que, antes que a lei entre em vigor no próximo dia 1 de novembro, se proceda à sua revogação", lê-se na exposição de motivos que acompanha a proposta.
Mas, ainda no primeiro dia do protesto, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, deixou claro que o Governo não pensa ceder: "A lei é uma lei da Assembleia da República, tendo merecido um consenso alargado na sua aprovação", afirmou o governante.
Os dirigentes das associações que representam o setor do táxi pediram também ontem aos profissionais que integram as manifestações em Lisboa, no Porto e em Faro, que mantenham a calma e "não se deixem levar por provocações".
"Há informação de que há alguma agitação à frente da Avenida [em Lisboa], é preciso é resistir, resistir e resistir de forma ordeira, não pondo em causa a imagem" da profissão, sublinhou Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi.
Cerca de uma dezena de táxis de Loures juntaram-se ao protesto, na capital, e foi feito um apelo para que mais o façam entre hoje e amanhã.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt