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11 detidos em rede que ganhou 5 milhões de euros com faturação falsa

Megaoperação levou à detenção de suspeitos que usaram empresas fantasma para se furtarem ao pagamento do IVA na importação de carros.

29 de fevereiro de 2020 às 10:16

Uma megaoperação da Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR, coordenada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), levou à detenção de 11 pessoas que usaram empresas fantasma para se furtarem ao pagamento do IVA na importação de carros. Na mesma operação, que levou à realização de 123 buscas domiciliárias em Portugal, Reino Unido, Alemanha, e Letónia, foram ainda constituídas arguidas 16 empresas e outras 33 pessoas.

Ao que o CM conseguiu apurar, a mesma rede usou as referidas empresas fantasma para emitir faturas falsas a uma empresa de turismo. Esta firma, por seu turno, pediu dinheiro ao Fundo Social Europeu, verba que depois foi usada para a compra de pelo menos cinco barcos de luxo. As embarcações foram apreendidas na Madeira, durante as buscas da UAF e do DCIAP, realizadas na quarta e quinta-feira.

A investigação da UAF estima em cinco milhões de euros a vantagem patrimonial indevida obtida pela rede, através de circuitos de faturação fictícios. Com o apoio da Europol, e do gabinete Eurojust, a GNR e o DCIAP apreenderam, além dos cinco barcos, 139 carros de gama média e alta, 70 equipamentos informáticos e 47 mil euros. O valor dos bens recuperados está estimado em 2,6 milhões de euros.

O Gabinete de Recuperação de Ativos da PJ, que também colaborou na investigação, garantiu o congelamento de 72 contas bancárias e outros instrumentos financeiros detidos pela rede em Portugal e Reino Unido, de valor indefinido.

SAIBA MAIS

Interrogatórios

Os interrogatórios dos 11 detidos pela Unidade de Ação Fiscal da GNR na operação Netto Price, decorriam ainda esta sexta-feira à tarde, no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.

Mais 4 presos

Além dos 11 detidos em Portugal, a operação realizada na quarta e quinta-feira permitiu ainda a captura de mais quatro suspeitos na Alemanha. Integravam as ramificações europeias da rede.

Vários crimes

Associação criminosa, fraude fiscal, branqueamento, corrupção, prevaricação, denegação de justiça, e fraude na obtenção de subsídio. São estes os crimes imputados à rede agora desfeita.

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