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Artigo exclusivo

Asfixia mulher até à morte por ciúmes e inventa história para parecer que óbito não foi homicídio

Companheiro inventa história ao INEM e todos pensaram que vítima tinha morrido de causas naturais.

25 de março de 2021 às 01:30

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Imagem 119227176_199417961583221_5881981705441178813_N.JPG (9308413) (Milenium)
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O óbito foi declarado no local e, por não haver indícios de crime, para familiares e amigos, Anabela Almeida havia morrido de causas naturais.

Ainda em janeiro, o companheiro Tito Lopes, com quem viveu em união de facto durante 15 anos, publicou a imagem de uma rosa negra, em sinal de luto, e recebeu dezenas de comentários solidários e reconfortantes para ultrapassar o momento difícil.

Entretanto, o corpo da mulher foi autopsiado e os resultados mostraram outra história. Tito asfixiou a Anabela até à morte e, para isso, terá usado um laço. A PJ do Centro foi para o terreno investigar e na segunda-feira deteve o suspeito.

Segundo a Judiciária, os motivos para o crime ainda não estão esclarecidos. Isto significa que todos os cenários estão em aberto, no entanto a hipótese de ter sido motivado por uma crise de ciúmes parece ser a que ganha mais força nesta fase da investigação.

Na terça-feira, Tito Lopes foi presente a um juiz do Tribunal de Viseu e vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

A notícia da morte, que afinal teve mão criminosa, deixou revoltados os moradores da rua Escura, no centro histórico, onde Anabela cresceu. O casal habitava em Paradinha. Tito ganhava a vida como pedreiro. Anabela dava auxílio, às refeições, na escola da aldeia.

pormenores

Poucas provas 

A PJ do Centro entrou tarde em cena, uma vez que, num primeiro momento, não havia sinais de crime. A Judiciária perdeu o cenário inicial, ou seja, não recolheu provas na casa onde ambos moravam.

Moldura penal

O crime de homicídio qualificado é punido com pena de prisão que varia entre os 12 e os 25 anos, sendo esta última a máxima a aplicar em Portugal. O suspeito não tem antecedentes criminais.

Relação

A relação de Anabela e Tito vivia um período conturbado e a separação era uma hipótese, apurou o CM. Ainda assim, não há qualquer registo de violência doméstica. O casal não tinha filhos.

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