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Artigo exclusivo

Pandemia de Covid-19 não trava subida nos homicídios em Portugal

Em 2020 aumentaram ainda burlas informáticas, extorsão e roubo em casas, entre outros.

31 de março de 2021 às 01:30

O furto por carteirista, agressões simples, condução com álcool, contrafação e falsificação de moeda foram crimes com descidas. A violência doméstica também (-5,5%). Mas, aqui, os números continuam negros: 23 439 denúncias, com 32 homicídios (-3): 27 mulheres, três homens e duas crianças.

Nos crimes que aumentaram estão a condução sem carta (+33%), extorsão (+30%, 660 crimes), roubos a farmácias (73 crimes, +25). A burla informática subiu 20% e a burla por métodos ‘tradicionais’ 22%. Houve um aumento de 60,3% de crimes por discriminação religiosa (82 para 132) e de 29% nos crimes contra o Estado, onde se destaca a desobediência (mais 57% - de 2605 para 4106, justificado com o maior número de operações para fiscalizar os estados de emergência).

No crime violento e grave, as violações, agressões graves, raptos e sequestros e roubo em transporte público foram os que mais desceram, a par dos roubos por esticão (-26,9%) e sem esticão (- 20,7%). Dos 93 homicídios, 20% foram em contexto familiar e 16% entre marido e mulher. As armas brancas foram utilizadas em 35% dos casos e as armas de fogo em 35%.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse que Portugal registou em 2020 “os mais baixos índices” de criminalidade desde que existe o RASI (1989). A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, afirmou que não se verificou uma onda de crimes associada à libertação de reclusos pela Covid-19 e “as taxas de reincidência foram dentro do normal”.

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