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Artigo exclusivo

PJ prende três homens por morte de polícia em Lisboa

Dois fuzileiros e um civil, entre os 21 e os 24 anos, passaram esta noite nas celas da PJ de Lisboa.

22 de março de 2022 às 01:30

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Fábio Guerra tinha 26 anos
Fábio Guerra tinha 26 anos CMTV
Minuto de silêncio em memória de Fábio Guerra cumprido ontem, na Direção Nacional da PSP
Minuto de silêncio em memória de Fábio Guerra cumprido ontem, na Direção Nacional da PSP CMTV
Cláudio Coimbra, de 21 anos, é campeão de boxe e as imagens mostram-no a dar murros
Cláudio Coimbra, de 21 anos, é campeão de boxe e as imagens mostram-no a dar murros CMTV
Vladym Hrynko, de 22,  treina no mesmo ginásio
Vladym Hrynko, de 22, treina no mesmo ginásio CMTV
Colegas do agente prestaram ontem à noite homenagem junto à Esquadra de Alfragide, a que pertencia
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O CM sabe que, no entanto, as provas recolhidas pela PJ apontam, pelo contrário, para a participação dos três na agressão fatal ao polícia. A PJ, que esteve acompanhada de agentes da PSP nas diligências, adiantou ter “fortes indícios” de que cometeram os crimes de homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada, este último referente aos quatro colegas de Fábio que, como ele, tentaram travar uma rixa ocorrida à porta da Discoteca Mome, pelas 06h30 de sábado.

Cláudio é campeão de boxe, facto que sobressai nas imagens de videovigilância, em que surge a dar potentes murros em várias pessoas envolvidas na rixa. O pugilista e Vadym, que é luso-ucraniano, estavam no curso de promoção a primeiro-marinheiro.

Eram 09h58 quando, ontem, Fábio Guerra partiu, após dois dias em coma no Hospital de São José, devido às graves lesões cerebrais sofridas por ter sido repetidamente pontapeado na cabeça. O jovem polícia iria completar 27 anos no dia 3 de maio. Natural da Covilhã, estava afeto à Esquadra de Alfragide, na Amadora, onde foi ontem homenageado.

"Este jovem era uma joia de pessoa, muito ligado à família e amigos"

No Bairro dos Penedos Altos, na Covilhã, a notícia da morte de Fábio Guerra correu rapidamente. Apesar da gravidade dos ferimentos, e de lutar pela vida há dois dias, família e amigos tinham esperança que o agente ganhasse a batalha. "Este jovem era uma joia de pessoa, muito ligado à família e amigos", disse ao CM uma vizinha, em lágrimas. Entretanto, o comandante da PSP de Castelo Branco, que ontem se associou à homenagem nacional que a PSP prestou ao agente, mantém-se em contacto com a família de Fábio para ajudar com o funeral.

Homenagem e funeral na Covilhã

O funeral do agente Fábio Guerra deverá ocorrer ainda esta terça-feira. As cerimónias incluem um cortejo que partirá de Lisboa, passando em frente ao Comando Metropolitano, em Moscavide, para uma última homenagem dos colegas e populares. De seguida, o corpo seguirá para a Covilhã.

Ao diretor nacional da PSP, Magina da Silva, cabe decidir duas questões burocráticas: a primeira refere-se às honras fúnebres. Caso vingue a justificação de que o polícia, de 26 anos, que estava à civil e de folga, se identificou como elemento da força de segurança aos desordeiros, será autorizada a concessão de honras fúnebres.

Compete ainda a Magina da Silva apreciar o dossiê de atribuição de indemnização aos ascendentes (neste caso aos pais e duas irmãs) de Fábio. A decisão do diretor nacional da PSP será depois ratificada pelo Governo.

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