"As consequências estão à vista de todos".
A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto mostrou-se esta quarta-feira preocupada com o "elevado" crescimento do tráfico de droga e da insegurança na zona da baixa, consequência, defende, da inoperância dos ministérios da Saúde e da Administração Interna.
"A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto [ABZHP] (...) vem manifestar publicamente as preocupações dos setores que representa face ao elevado crescimento de vendedores de droga em toda a baixa da cidade do Porto, situação perturbadora para o regular funcionamento dos estabelecimentos e de elevada insegurança", lê-se num comunicado esta quarta-feira divulgado.
Tal situação - acusa o presidente da ABZHP, António Fonseca, ex-candidato do Chega à Câmara do Porto -- "acontece porque não foram tomadas medidas/defesas por parte de quem de direito, nomeadamente dos Ministério da Saúde e da Administração Interna aquando do cerco à Pasteleira".
"As consequências estão à vista de todos", remata o também ex-presidente da Junta de Freguesia do Centro Histórico pelo movimento de Rui Moreira, que revela que vai solicitar uma reunião aos ministros da Administração Interna e da Saúde, a quem pretende apresentar algumas sugestões.
António Fonseca afirma que o centro do Porto "está a ser preferido por público que procura fácil acesso à droga", arrastando, "por tabela", "marginais, nomeadamente indivíduos problemáticos" que criam "instabilidade a toda a comunidade".
A Lusa questionou o Comando Metropolitano da PSP do Porto, a autarquia portuenses, e os ministérios da Administração Interna e da Saúde, mas até ao momento não obteve qualquer esclarecimento.
Na terça-feira, o ministro da Administração Interna reforçou que questões como a segurança, a toxicodependência e a criminalidade ligada à droga exigem "respostas multidisciplinares e integradas" de autarquias, instituições de saúde e de intervenção social.
A discursar na cerimónia que assinalou o 156º aniversário do Comando Metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública, em Gondomar, no distrito do Porto, José Luís Carneiro realçou o "trabalho permanente" do Governo com autarcas e com as instituições "para a construção de respostas" que, reconheceu, "só são possíveis com investimento adequado".
O Comando Distrital do Porto deteve, no primeiro semestre de 2023, cerca de 500 pessoas no âmbito de operações de combate ao tráfico de droga em vários bairros da cidade do Porto, tendo sido apreendidas mais de um milhão de doses de estupefacientes, segundo foi revelado pela responsável por aquele comando, Paula Peneda.
Em julho, o parlamento aprovou, por unanimidade, um requerimento do PSD para ouvir o ministro da Administração Interna sobre "a falta de capacidade operacional" da PSP na cidade do Porto, nomeadamente no combate ao tráfico de droga.
Em junho, a propósito do tema, José Luis Carneiro lembrou que tinha já alertado que o tráfico de droga no Porto iria passar da Pasteleira para outros locais, à semelhança do que aconteceu nos bairros de São João de Deus e no Aleixo, defendendo a necessidade de uma resposta integrada de segurança, saúde pública, segurança social, inclusão e políticas sociais.
Numa reação a estas declarações, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira instou o governante a alertar os "colegas do Governo" com competências no combate a esta problemática, sublinhando ser "indesmentível que os recursos da PSP (humanos e materiais) são esta quarta-feira insuficientes para aquilo que tem sido feito, e bem, na Pasteleira possa ser replicado noutros locais onde este flagelo afeta a tranquilidade e a segurança dos portuenses.
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