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Associação de juízes defende acórdão polémico e diz que não houve violação a mulher inconsciente

Presidente da associação assina acórdão da Relação do Porto, que qualifica crime como "ilicitude não elevada"

22 de setembro de 2018 às 11:20

Os juízes desembargadores que foram autores do acórdão do Tribunal da Relação do Porto foram defendidos pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), no caso em que dois homens, o porteiro e o barman da discoteca Vice Versa, em Gaia, foram condenados a penas suspensas por terem violado uma mulher de 26 anos que encontraram inconsciente. 

"Não é verdade que o tribunal tivesse considerado que o crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência ocorreu num ambiente de sedução mútua; essa qualificação refere-se ao contexto que antecedeu a prática dos crimes e que foi tida como relevante para a determinação da pena", pode ler-se numa publicação no Facebook da ASJP, cujo presidente, Manuel Soares, é um dos autores do acórdão que manteve a suspensão da pena.

Na publicação nesta rede social é ainda possível ler que "não é verdade que tivesse havido violação, que no sentido técnico-jurídico constitui um tipo de crime diferente, punível com pena mais grave".Recorde-se que o caso remonta a novembro de 2016, no final de uma noite em que a vítima e uma amiga se dirigriam à discoteca, tendo consumido grandes quantidades de álcool.

Reação às críticas

Os tribunais não têm agendas políticas ou sociais nem decidem em função das expectativas ou para agradar a associações militantes de causas, sejam elas quais forem; a agenda dos tribunais é a aplicação das normas e princípios legais e a justiça do caso concreto", lê-se.

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