Incêndio começou no 2 de agosto em Sirarelhos e já entrou em resolução por duas vezes.
Autarca de Vila Real diz que concelho está a ser consumido em lume brando pelo décimo dia
O presidente da Câmara de Vila Real afirmou esta segunda-feira que "está na hora" de ouvir a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e o Governo sobre o incêndio que há 10 dias consome o concelho em "lume brando".
"Relembro que hoje é o décimo dia deste incêndio, o décimo dia. Como é que um país tão pequeno (...) se permite que durante 10 dias nós estejamos a ser consumidos em lume brando", afirmou Alexandre Favaios.
O autarca que falava aos jornalistas a propósito de uma forte reativação verificada esta tarde, no incêndio que deflagrou a 02 de agosto em Sirarelhos e há entrou em resolução por duas vezes. Já no domingo à noite o autarca apelou a um forte reforço de meios para o combate ao fogo que, em 10 dias, passou por 17 aldeias deste concelho, incluindo área do Parque Natural do Alvão (PNA) e apelou também a que os meios se mantivessem no terreno.
"Bem, o dia de hoje mostra que nós tínhamos razão. De facto, nós temos ouvido durante muito tempo que esta situação estava controlada", referiu.
Acrescentou: - "Está na altura da ANEPC, a Coordenação Nacional, dizer alguma coisa, está na altura de a senhora ministra, que disse ao país que estávamos todos preparados, que os meios eram suficientes, percebemos esta segunda-feira que, afinal de contas, assim não era, está na altura de ouvir o seu primeiro-ministro dizer alguma coisa a esta população que ainda hoje está no sobressalto que se verifica".
No terreno, segundo Alexandre Favaios, os operacionais estão a fazer um "excelente trabalho", mas lembrou que durante a última madrugada o fogo entrou em fase de resolução e, no entanto, "a resolução que se verifica é esta".
O autarca falava em Outeiro, aldeia onde a frente que reativou foi bater.
"O que é que correu mal? Alguém tem que dizer à nossa população, não somos nós que temos a competência daquilo que é o combate a este incêndio, tudo aquilo que foi pedido ao município está disponível, temos empenhado tudo aquilo que nos é possível, claramente, para a resolução desta situação. Infelizmente o que verificamos, e reafirmo, estamos a ser consumidos em lume brando", afirmou.
Questionado sobre se há falta de meios no terreno respondeu: - "Não é preciso sermos entendidos no combate a incêndios para perceber que os meios no terreno são manifestamente insuficientes".
E à pergunta sobre se há um problema com a coordenação dos meios disse que esse é um assunto sobre o qual, neste momento, não fará qualquer comentário.
"O que nós vamos percebendo é que os homens estão no terreno, os operacionais têm feito o melhor, alguém tem que dizer efetivamente o que é que correu mal", disse.
A próxima noite vai ser também de "muito trabalho", realçando que a prioridade "são as casas e a vida das pessoas".
No domingo, o fogo atingiu três casas de segunda habitação e algumas casas devolutas e ainda armazéns e anexos, mas, segundo Alexandre Favaios, "o pulmão do concelho está a morrer".
"O impacto que vai ser deixado no nosso território vai certamente perpetuar-se durante muitas, muitas, muitas décadas", sublinhou.
O levantamento dos estragos e da área ardida será um trabalho para se fazer depois da resolução do incêndio. Até quarta-feira tinham ardido cerca de 3.000 em Vila Real e Mondim de Basto.
"Neste momento a prioridade é continuarmos a fazer isto, é ajudarmos, apelarmos, insistirmos, reclamar, porque essa é a nossa obrigação neste momento também, e dizer que aqueles que têm poder, efetivamente, para por cobro esta situação, o façam. Que assumam também a sua responsabilidade, que estejam no terreno e que percebam aquilo que estas populações estão a passar", sublinhou.
E esta está a ser, frisou, "uma das provas realmente do interior esquecido".
De acordo com a página da Internet da ANEPC, pelas 20:00 estavam ainda mobilizados para esta ocorrência 327 operacionais, apoiados por 106 viaturas e quatro meios aéreos, que estão perto da hora de pararem de atuar.
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