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Barra fecha seis horas diárias para trabalhos de mergulho

Entrada do porto estará condicionada terça-feira e quarta-feira.

13 de outubro de 2015 às 16:59

A barra da Figueira da Foz vai estar fechada a toda a navegação, terça-feira e quarta-feira, durante seis horas diárias, para que mergulhadores possam aceder aos objetos submersos no rio com vista à sua remoção, anunciou a Capitania.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Inácio, comandante do porto da Figueira da Foz, explicou que a decisão de fechar a barra temporariamente fica a dever-se à necessidade dos mergulhadores "trabalharem em segurança" na identificação, para posterior remoção dos objetos (que se presumem serem artes de pesca e redes) submersos no canal de navegação nas imediações do molhe sul, na sequência do naufrágio do arrastão Olívia Ribau.

Para tal e segundo um aviso à navegação local publicado esta terça-feira pela Capitania, a barra fecha uma hora antes de cada pico da maré alta (preia-mar), reabrindo meia hora depois da preia-mar e uma hora antes da baixa-mar, reabrindo, igualmente, meia hora depois do pico da maré vazia, num total de seis horas diárias.

Mergulhadores vão tentar perceber que tipo de objetos está no fundo do mar

"Temos uma ideia que objetos serão, mas é necessário que os mergulhadores o confirmem para que possam ser removidos e a barra possa abrir sem condicionalismos", disse o comandante do Porto.

Fora daqueles períodos, a barra está aberta a toda a navegação, mas as embarcações têm de navegar num canal entre o molhe norte e uma boia colocada no rio pelas autoridades 60 metros a norte da embarcação naufragada. A navegação está interdita entre a boia e o molhe sul, onde existem "perigos" como redes e outras artes de pesca.

O comandante do Porto disse ainda que a empresa de mergulho contratada pelo armador do arrastão estima que os trabalhos de identificação e remoção dos objetos submersos possam estar concluídos ao final do dia de quarta-feira.

Prioridade são os objetos submersos no rio Mondego

A "prioridade", disse Paulo Inácio, são os objetos submersos no Mondego, que têm sido alvo, diariamente, de uma análise através do sonar lateral do Instituto Hidrográfico da Marinha, colocado na embarcação dos pilotos da barra, para garantir que mantêm a localização onde foram detetados, junto ao local do naufrágio.

Frisou ainda que a decisão de fechar a barra durante seis horas foi tomada em acordo com a administração portuária e representantes do porto comercial e da comunidade piscatória local.

Já o administrador do Porto da Figueira da Foz, Luís Leal, assinalou o "compromisso" do armador em remover os objetos submersos até ao final de quarta-feira, explicando que depois os trabalhos incidirão sobre o arrastão naufragado - que na maré cheia deixa de ser visível à superfície do rio, ficando apenas sinalizado com boias - nomeadamente a sua remoção mais para o interior do rio, em direção à praia do Cabedelinho (entre o molhe sul e interior sul) e posterior desmantelamento.

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