Depois do fogo, autarquia "contactou as associações e os particulares que os acolheram, para compreender de que forma estava a decorrer o processo de adaptação dos mesmos".
A Câmara de Santo Tirso registou 73 animais mortos, 69 cães e quatro gatos, no incêndio de 18 de julho de 2020 que atingiu os dois abrigos ilegais situados na serra da Agrela, disse à Lusa o município.
O "Cantinho das Quatro Patas" e o "Abrigo de Paredes" foram atingidos na altura pelo incêndio que começara na véspera em Valongo e que levou ao local muitas pessoas que anteriormente haviam denunciado a falta de condições em que estavam alojadas centenas de cães e gatos, acabando uma parte dos animais resgatada com vida por muitos desses populares.
De forma oficial pela primeira vez desde o incêndio, uma das entidades envolvidas revelou à Lusa o número de animais mortos, confirmando a estimativa de cerca de 70 que prevaleceu nos dias seguintes ao incêndio.
Na informação disponibilizada, aquele município do distrito do Porto liderado pelo socialista Alberto Costa argumenta que, no "dia do incêndio, em resultado da invasão dos canis por parte dos populares, foi impossível terminar o trabalho de identificação dos animais, que estava a ser desenvolvido pela autarquia, em colaboração com a GNR e algumas associações".
Depois da invasão, refere no documento, foi possível encontrar o rasto a cerca de 190 animais.
Acusada pelos populares de "nunca antes ter resolvido o problema apesar das sucessivas denúncias de falta de condições", a autarquia de Santo Tirso figura nas diversas comunicações que resultaram num processo-crime que corre termos no tribunal judicial local.
Depois do incêndio, a fim de "serem controlados os danos e garantir o acompanhamento da situação destes animais", a câmara "contactou as associações e os particulares que os acolheram, para compreender de que forma estava a decorrer o processo de adaptação dos mesmos", acrescenta na informação enviada à Lusa.
O município assegura ter respondido aos "diversos pedidos de apoio (vacinação medicamentos e esterilizações)" e que, com o apoio de várias empresas, "distribuiu mais de quatro toneladas de ração".
A contratação de um novo veterinário municipal, o alargamento do horário de funcionamento do Centro de Recolha Oficial (CRO) do município e a conclusão do processo de esterilização e vacinação dos animais dos abrigos atingidos pelo incêndio, entre os dias 12 de outubro e 27 de novembro de 2020, foram algumas das medidas implementadas pelo município, lê-se ainda.
Comparando o primeiro semestre e segundo semestres de 2020, a câmara dá conta de "um crescimento de 251% em adoções, 467% em esterilizações, 708% em vacinas e 290% em recolha/entrega de animais no CRO".
"Já em 2021, aproveitando o período de isolamento motivado pela pandemia, o município avançou com o programa CED (Captura, Esterilização e Devolução), atuando junto das colónias de gatos de rua, capturando-os, esterilizando-os e devolvendo-os ao seu local de origem. Uma ação com a colaboração da Associação Midas (Matosinhos) para a captura", assinalou a câmara.
No âmbito desta ação, até ao final de junho foram esterilizados mais de 500 animais de rua (321 gatas e 189 gatos), o que representou um investimento de 15 mil euros, totalmente municipal, acrescenta.
Relativamente aos terrenos onde estavam instalados os dois abrigos ilegais, a autarquia informa que "continuam a ser privados" e que a "limpeza dos mesmos já foi realizada".
"No entanto, por não ter sido feita de forma totalmente satisfatória para o município de Santo Tirso, as proprietárias foram notificadas para a necessidade de remoção de todas as construções (casotas) e das vedações", conclui o comunicado.
A Lusa contactou também o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, que após o incêndio realizou um relatório pericial sobre os animais, procurando, também aqui, saber quantos animais morreram, mas a resposta foi que o documento foi remetido para o Ministério Público, cujo inquérito se encontra em segredo de justiça.
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