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Diogo Gaspar Ferreira é ouvido na 12.ª sessão do julgamento da Operação Marquês

Arguido foi um dos promotores do resort algarvio Vale do Lobo.

16 de setembro de 2025 às 11:35

Diogo Gaspar Ferreira, um dos promotores do resort algarvio Vale do Lobo, foi novamente ouvido em tribunal, esta terça-feira, no âmbito da 12.ª sessão do julgamento da Operação Marquês.

A sessão começou com o advogado de Sócrates a dizer que Vítor Pinto veio requerer, na segunda-feira, que os processos fossem julgados conjuntamente. "Requero que o Ministério Público tome uma posição", disse. No entanto, o MP não tomou qualquer posição sobre o assunto. 

Diogo Gaspar Ferreira foi questionado sobre se se recordava da altura que Vara saiu da Caixa Geral de Depósitos, tendo o arguido respondido que tal terá acontecido no verão de  2008 e que soube pela comunicação social. 

Gaspar Ferreira disse também que nunca propôs que a Caixa Geral de Depósitos entrasse para o capital da sociedade e que essa proposta foi veiculada por carta e por Alexandre Santos e que foi a partir dessa carta que a hipótese foi discutida. 

Sobre o projeto Vale do Lobo, o arguido admitiu que foi prejudicado financeiramente e profissionalmente. Contou que teve de vender tudo o que tinha para pagar as dívidas, que seriam no valor de 15 milhões de euros, e que a sua credibilidade ficou em causa. Gaspar Ferreira admitiu também que a dívida nunca chegou a ser totalmente liquidada.

A juíza perguntou a Diogo Gaspar Ferreira sobre as negociações com o BCP: "Sabe se antes da crise os bancos se envolviam em projetos imobiliários como Vale do Lobo?" Face à pergunta, Gaspar Ferreira afirmou que os bancos tinham muito dinheiro e que era importante eles o emprestarem. Acrescentou ainda que Vale do lobo foi um dos projetos mais seguros porque tinha tudo aprovado, por isso não era arriscado para os bancos.

Na sessão, foi exposto o mail da primeira Interação entre Armando Vara e Diogo Gaspar Ferreira. No primeiro mail trata-o por doutor, mas mais à frente passa a tratá-lo por tu.

Diogo Gaspar Ferreira justificou a mudança no tratamento com o facto de Vara ser muito informal e reiterou que só esteve com ele numas reuniões e em algumas festas.

Diogo Gaspar Ferreira vai continuar a ser ouvido na quarta-feira, às 9h30. Horta e Costa também será ouvido. 

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