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Empresa de tratamento de resíduos do Algarve gera prejuízos

Algar apresenta resultado negativo de 2 milhões de euros.

06 de janeiro de 2020 às 08:07

A Algar, empresa responsável pela valorização e tratamento dos resíduos urbanos no Algarve, já comunicou às câmaras, que são acionistas minoritários, que irá apresentar prejuízos de cerca de dois milhões de euros.

Ao CM, António Pina, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, diz que a empresa justifica este resultado com o facto de a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) não ter permitido "o aumento de tarifário", no ano passado. Mas, segundo explica o autarca, a ERSAR argumenta que estão "a ser contabilizados custos de forma errada".

Assim, a AMAL vai "contratar uma empresa especializada" par efetuar um estudo para "ver quem tem razão". "Os municípios encontram-se numa situação ingrata porque são, ao mesmo tempo, acionistas e clientes da empresa", salienta António Pina.

O presidente da AMAL considera, no entanto, "estranho" o facto de a empresa "não ter dado prejuízos" enquanto foi exclusivamente de capitais públicos e agora, que é detida maioritariamente por privados, "dar prejuízos" - a Algar é detida em 56% por privados (Mota-Engil e Urbaser), sendo que os restantes 44% são pertencentes às 16 câmaras da região.

António Pina admite como cenário possível que, no futuro, os municípios algarvios possam vir a pedir que a empresa volte a ficar apenas na esfera pública, o que implicará a necessidade da recompra da parte atualmente dos privados.

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