Agente desportivo César Boaventura, com negócios ligados ao Benfica, é um dos três detidos em megaoperação da PJ.
Tânia Laranjo sobre Operação Malapata: 'As provas mais fortes recaem sobre César Boaventura'
O empresário César Boaventura, com negócios ligados ao Benfica, foi detido esta quarta-feira na sequência de uma megaoperação da Polícia Judiciária pela presumível prática dos crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento. Foi também detido um empresário do setor metalúrgico e outra pessoa, na sequência de 28 buscas que envolveram o Benfica e o Sporting.
Em comunicado, a PJ refere que em causa está a eventual prática de crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento.
A Polícia Judiciária está neste momento a fazer buscas no Sporting e no Benfica para recolha de provas relacionadas com o esquema fraudulento. O Sporting e o Benfica já reagiram em comunicado e confirmaram buscas, mas dizem não ser visados na Operação Malapata.
César Boaventura presente a juiz esta quinta-feira
As buscas, domiciliárias e não domiciliárias, foram realizadas no âmbito da Operação Malapata, nos concelhos de Barcelos, Braga, Esposende, Trofa, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Benavente e Lisboa.
Comunicado do Sporting na íntegra:
"A Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD (Sporting SAD) informa que esta manhã realizaram-se buscas no Estádio José Alvalade. A Sporting SAD e o Clube não são alvo da investigação, direta ou indiretamente, não têm qualquer relação com o investigado, nem são visados na matéria das buscas.
Mais informamos que tudo decorreu de forma célere, tendo a Sporting SAD entregue os documentos que lhe foram solicitados.
A Sporting SAD rege-se por uma conduta exemplar e de estrito cumprimento da Lei, prezando o seu bom nome e integridade. Como tal, não pode deixar de manifestar a sua enorme surpresa dada a assumida inexistência de relação da Sociedade e Clube nas buscas em causa.
Sem prejuízo, a Sporting SAD colaborará, como sempre, com as autoridades no que for necessário na luta por um futebol e desporto mais transparente em Portugal.
A Sporting SAD espera que a investigação decorra com o maior sucesso na identificação e respectivas consequências a todos os intervenientes e instituições que estão directa ou indirectamente de facto envolvidos na mesma." Comunicado do Benfica na íntegra:
"O Sport Lisboa e Benfica confirma que está a colaborar com as autoridades nas diligências realizadas ao longo do dia de hoje no âmbito de um processo que se encontra em segredo de justiça.
O Sport Lisboa e Benfica não é arguido ou sequer visado neste processo, nem qualquer membro dos seus órgãos sociais."
Operação Malapata
A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quarta-feira três pessoas, entre as quais um empresário do setor metalúrgico e um empresário ligado à atividade desportiva, na sequência de 28 buscas que envolveram o Benfica e o Sporting.
Em comunicado, a PJ refere que em causa está a eventual prática de crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento, tendo ambos os clubes confirmado as buscas, mas assegurado que não são arguidos nem visados na investigação.
As buscas, domiciliárias e não domiciliárias, foram realizadas nos concelhos de Barcelos, Braga, Esposende, Trofa, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Benavente e Lisboa.
"Através do exercício de atividade comercial fictícia de sociedades geridas pelos suspeitos, assim como de correspondentes contas bancárias tituladas por terceiros (pessoas individuais e coletivas), em território nacional e no estrangeiro, aqueles lograram criar um intrincado esquema de faturação/movimentação financeira que ofereciam tanto como veículo de branqueamento para terceiros, prestando assim esse serviço ilícito pelo qual seriam remunerados, como para ocultação dos proveitos gerados da própria atividade legítima dos próprios e de terceiros, nos setores indicados", refere o comunicado.
A PJ acrescenta que foram, até ao momento, identificados movimentos financeiros, em diversas plataformas, num montante superior a 70 milhões de euros. Segundo aquela polícia, a vantagem patrimonial estimada em sede fiscal, associada ao principal visado, atinge o montante de 1,5 milhões de euros, "apenas com base em elementos já confirmados".
Denominada "Malapata", a operação foi realizada no âmbito de um inquérito titulado pelo Ministério Público -- Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, com a participação da Autoridade Tributária e Aduaneira - Direção de Finanças do Porto.
No decurso da operação policial, foi apreendida "documentação diversa" relativa à prática dos factos, aém de viaturas automóveis e material informático.
Os detidos vão ser presentes a tribunal, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
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