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Fogo ameaça casas e assusta populações no Centro do País

Centenas de meios foram mobilizados num dia em que se registaram mais de mil fogos.

05 de setembro de 2019 às 08:40

Quando as chamas rodearam Fornos de Algodres, esta quarta-feira à tarde, a população entrou em pânico e temeu o pior. Mas os bombeiros conseguiram travar aquele que foi um dos fogos mais preocupantes do dia desta quarta-feira, sem causar vítimas ou atingir casas. Até às 21h00 registaram-se 1069 incêndios em todo o País, que mobilizaram 5074 efetivos e 25 meios aéreos.

O Centro foi o mais atingido pelas chamas, que obrigaram a um combate intenso em quatro incêndios: além de Fornos de Algodres, também no Sabugal, ambos no distrito da Guarda, em Alvaiázere, no distrito de Leiria, e em Almoster, Santarém, as chamas ameaçaram casas e destruíram terrenos.

"Tentei defender o meu olival mas não consegui. Fiquei sem 400 árvores, lamentava esta quarta-feira António Sousa, 70 anos, quando viu o terreno arrasado pelas chamas em Fornos de Algodres. Há suspeitas de fogo posto.

Treze distritos estão em alerta vermelho até domingo devido ao risco de incêndio. O ministro da Administração Interna disse esta quarta-feira que o dispositivo usado nos 8 mil fogos deste ano fez baixar a área ardida em relação a 2018. O Governo enviou 4 milhões de SMS nos distritos em alerta até às 10h00 desta quarta-feira.

GNR identifica menores por fogos

Três menores, de 13 anos, foram identificados pela GNR por terem ateado dois incêndios florestais, em Nafarros, Sintra, na tarde de terça-feira, que mobilizaram dezenas de bombeiros. O fogo queimou 1,5 hectares de floresta do Parque Natural de Sintra – Cascais.

PORMENORES

Militares de prevenção

Noventa e seis militares vão estar distribuídos em 32 patrulhas, 22 do Exército e 10 da Marinha, para reforçar as ações de vigilância terrestre e patrulhamento no País.

Desobediência

O Governo alertou esta quarta-feira que quem não cumprir as medidas impostas pela situação de alerta incorre num crime de desobediência. Neste período, polícias e operacionais têm de estar disponíveis para ações no terreno devido aos fogos.

Contra proibição de fogo

A Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos está a promover uma entrega simbólica das chaves das sociedades do setor ao Governo, para protestar contra a proibição total de fogo de artifício, que considera ser cega.

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