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Sócrates considera acusação do MP uma "alucinação": primeiro dia de interrogatório terminou

Antigo primeiro-ministro, que esteve preso durante dez meses e depois 42 dias em domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político.

28 de outubro de 2019 às 13:10

O antigo primeiro-ministro José Sócrates começa a ser interrogado esta segunda-feira, a seu pedido, na instrução da Operação Marquês, quase cinco anos após ter sido detido por suspeitas de branqueamento de capitais, corrupção, fraude fiscal e falsificação de documentos.

Ao minuto

19h40 - José Sócrates abandona o Tribunal Central de Instrução Criminal sem prestar declarações sobre o interrogatório

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"É muito mais fácil fazer alegações infundadas", disse Sócrates à saída do tribunal

Esta terça-feira, José Sócrates estará de volta ao Tribunal Central de Instrução Criminal para o segundo dia de interrogatório. 

19h30 - Terminou o interrogatório a José Sócrates

No primeiro dia de interrogatório a José Sócrates foi ouvido sobre as acusações do Ministério Público relativas à PT e ao Banco Espírito Santo, bem como a sua ligação ao banqueiro Ricardo Salgado, acusações estas que foram consideradas pelo antigo primeiro-ministro como uma "alucinação". 

19h10 - Questões do Ministério Público enfurecem José Sócrates

Antigo primeiro-ministro já não está a ser ouvido pelo juiz Ivo Rosa. Agora é o procurador Rosário Teixeira quem conduz o interrogatório. 

19h00 - Advogado de Joaquim Barroca abandona o interrogatório

À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, o advogado de Joaquim Barroca, António Castanheira Neves, referiu que José Sócrates já estava a ser interrogado pelo Ministério Público e esta fase do interrogatório não acrescentava nada que envolvesse o seu cliente.

18h35 - Interrogatório quase a terminar. José Sócrates considera que a acusação do Ministério Público é uma "alucinação"

O interrogatório ao antigo primeiro-ministro, José Sócrates está quase a terminar. O juiz Ivo Rosa reservou o primeiro dia de interrogatório para ouvir Sócrates na história da OPA da Sonae à PT. 

Esta terça-feira, José Sócrates será ouvido na acusação dos empréstimos que recebeu de Carlos Santos Silva. 

18h31- Advogado de Armando Vara abandona o Tribunal Central de Instrução Criminal: "Tenho mais que fazer"

Tiago Rodrigues Basto abandonou a sala de audiências e não adiantou muito sobre o interrogatório. "Não cabe a mim está a dizer o que se passou lá dentro".

O interrogatório ao antigo primeiro-ministro continua. 

17h52 - O antigo primeiro-ministro garantiu que o primo nunca lhe deu dinheiro nenhum 

José Sócrates afirmou durante o interrogatório que o primo, José Paulo Pinto Sousa, nunca lhe deu dinheiro nenhum. "Isso é apenas uma acusação alucinada", referiu.

16h25 - José Sócrates ataca José Maria Ricciardi e acusou-o de ter uma "mente delirante"

José Sócrates atacou José Maria Ricciardi durante o interrogatório desta segunda-feira. O antigo primeiro-ministro considera que o banqueiro tem uma "mente delirante" e que se sentiu estarrecido e injuriado com as declarações deste. 

Sócrates considera que as palavras de Ricciardi são em forma de simpatia para com o Ministério Público e com todos os que odeiam Ricardo Salgado. 

José Sócrates traz vários alvos para a mesa de interrogatório. Começou por Paulo de Azevedo, seguiu para Hélder Bataglia (com quem assumiu não ter uma boa relação), e agora passou para José Maria Ricciardi. 

15h30 - José Sócrates diz que nunca foi pressionado por Ricardo Salgado na OPA da Sonae à PT

José Sócrates está a tentar desmontar a acusação do Ministério Público, ponto por ponto, e faz a sua declaração de princípios. Incialmente, o antigo primeiro-ministro é ouvido na possível intervenção que teve OPA da Sonae à Portugal Telecom. 

José Sócrates diz ser falso que o seu governo (chefiado entre 2005-2009) tenha favorecido a PT e alega que terá sido Paulo de Azevedo e não Ricardo Salgado a pedir-lhe que o seu governo votasse a favor da compra da PT pela Sonae. O antigo primeiro-ministro diz que nunca foi pressionado por Ricardo Salgado para que a Caixa Geral de Depósitos votasse contra a OPA da Sonae à PT (decisão que mais tarde foi tomada pela Caixa, mas que segundo a acusação este era um negócio que interessava a Ricardo Salgado para continuar a dominar a PT). 

Sócrates diz ainda que recebeu uma chamada de Paulo de Azevedo - filho de Belmiro de Azevedo - que lhe pediu para a Caixa Geral de Depósitos votasse a favor da OPA da Sonae. José Sócrates, na altura primeiro-ministro, garantiu que não acedeu à pressão de Paulo de Azevedo. 

14h54 - Começou o interrogatório. José Sócrates já está a ser ouvido pelo juiz Ivo Rosa.

O antigo primeiro-ministro apresentou-se exaltado no início do interrogatório, que decorre no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

Fase do interrogatório está no ano de 2006, na OPA da Sonae à Portugal Telecom.

14h44 - À entrada do tribunal, o procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) Rosário Teixeira disse "não esperar nada de novo com a inquirição de Jose Sócrates", considerando natural que o arguido utilize "este ato de defesa". "É natural que queira prestar depoimento" nesta fase do processo, observou.

14h24 - O juiz Ivo Rosa proibiu que os jornalistas estivessem presentes no interrogatório ao antigo primeiro-ministro José Sócrates, mesmo aqueles que foram constituídos assistentes do processo.

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Juiz Ivo Rosa 'barra' acesso do processo Marquês aos jornalistas

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Rosário Teixeira: "Não penso que haja algo de novo que seja acrescentado"

13h30 - O ex-primeiro ministro José Sócrates disse esta segunda-feira à entrada do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) que vai "repor a verdade", mas reconheceu que "o caminho é árduo".

"Venho repor a verdade. Bem sei que é um longo caminho, mas é aquilo que tenho feito ao longo de cinco anos", afirmou Sócrates à entrada do TCIC, em Lisboa, às 13h30, onde vai ser interrogado na fase de instrução da Operação Marques.

Para o ex-governante, o seu caminho tem sido "mais árduo do que aqueles que têm feito alegações completamente infundadas, injustas e até absurdas".

13h09 - No Requerimento de Abertura de Instrução (RAI), o ex-primeiro-ministro reitera que "não cometeu qualquer crime, nem praticou os factos narrados na acusação, muitos dos quais nunca sequer ocorreram" e considera que isso está "exuberantemente demonstrado nos autos". 

13h05 - O juiz Ivo Rosa começou a instrução no final de janeiro e pretende concluí-la um ano depois, já que o debate instrutório está marcado para os dias 27, 28, 29 30 e 31 de janeiro.

13h02 - O antigo primeiro-ministro José Sócrates, que esteve preso preventivamente durante dez meses e depois 42 dias em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

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