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Levante cobre de lixo areia da ilha de Tavira

Dragagens realizadas no rio Gilão culpadas pelo entulho que tem chegado à praia.

02 de abril de 2019 às 08:30

O vento e correntes de Levante (Sudeste) que se sentiram nos últimos dias voltaram a encher de lixo a areia da ilha de Tavira. Populares culpam as dragagens no rio Gilão.

Já a Docapesca, que realizou os trabalhos, recusa responsabilidades e garante que tudo foi feito de acordo com a legislação. O PSD fala em "crime ambiental" e vai questionar o Governo sobre o caso.

As queixas sobre a situação têm sido constante, nas redes sociais, desde que, no início do mês passado, detritos de vária ordem começaram a chegar ao areal e também à praia do Forte da Barra, já na ilha de Cabanas.

Com o levante dos últimos dias, a situação agravou-se e gerou novas reclamações contra a forma como foram feitas as dragagens.

Esta segunda-feira, Cristóvão Norte, deputado social-democrata eleito pelo Algarve e porta-voz do partido para a área do mar, disse ao CM que a deposição do material dragado do rio foi feita muito próximo da costa, e acrescentou que "os dragados foram considerados de tipo 1, quando não eram".

Por isso, "para serem depositados no mar, teriam de ser tratados e depurados, o que não sucedeu".

Contactada pelo CM, a Docapesca garantiu que a deposição foi feita "ao largo da praia de Cabanas-Mar, de acordo com as orientações da Agência Portuguesa do Ambiente" e que "todas as amostras de sedimentos se inseriram na classe I".

Admitindo que o lixo que está a dar à costa provenha de situações anteriores, a Docapesca assegura ainda que durante as dragagens foi feita uma separação de resíduos e foi implementado um sistema de monitorização da qualidade da água.

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