População viu chamas perto de Portagem, onde algumas casas estiveram na linha do fogo.
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Há trinta anos que não havia um fogo desta dimensão na encosta do Castelo de Marvão, conhecido como o ‘Ninho das Águias’, por ficar num ponto mais elevado. O violento incêndio que eclodiu na tarde de domingo e que só foi dominado já na madrugada desta segunda-feira, consumiu, ao todo, 140 hectares de povoado florestal e mato, deixando a vila histórica alentejana rodeada por um manto negro, que antes era verde.
Com o nascer do dia de ontem é que se percebeu a dimensão dos estragos provocados por "chamas repentinas" e que se deslocaram em direção à aldeia da Portagem, onde se viveram os momentos de maior sobressalto. "Ao início assustou muito. De repente a encosta do castelo ficou rodeada de fumo e de labaredas altas. Cá de baixo já nem se via Marvão", explicou ao CM Marco Ferreira, turista que estava na piscina da aldeia de Portagem, o local onde a população acompanhou desde a primeira hora o evoluir das chamas que chegaram a ameaçar algumas casas já durante a noite.
Sem acessos para levar meios terrestres até à encosta, coube aos oito meios aéreos que foram mobilizados para o local o protagonismo das primeiras horas de combate ao fogo.
Aos carros e camiões dos bombeiros coube proteger habitações e esperar que o lume descesse a encosta ao encontro dos bombeiros no terreno. A boa notícia chegou pelas 02h00, cerca de 10 horas depois do início do combate: o fogo estava dominado. Assim, o dia de segunda-feira foi sobretudo dedicado ao rescaldo e ao ataque rápido aos reacendimentos.
PORMENORES
Vento e maus acessos
Segundo a Proteção Civil, o fogo evoluiu muito rapidamente devido aos mais de 40 graus de temperatura, à falta de acessos e ao vento, que era forte.
Noite decisiva
Com o cair da noite e o vento a dar tréguas, o comando das operações aproveitou a "janela meteorológica" para dominar em definitivo o incêndio.
Rescaldo
Os meios vão manter-se no terreno até estarem consolidados os trabalhos de rescaldo, que também contam com meios de auxílio vindos de Espanha.
Município agradece empenho dos meios
u Numa publicação no Facebook, a autarquia de Marvão agradece o empenho dos meios. E acompanha com uma fotografia em que se lê a palavra "renasceremos".
Flagelo no parque natural em 2003
Marvão também foi fortemente afetada pelos incêndios no Parque Natural da Serra de São Mamede em 2003, um flagelo que queimou mais de um terço da área protegida.
Feridos de Estremoz ainda internados em Lisboa e Coimbra
Cinco dos seis jovens feridos no incêndio de sábado, em Estremoz, ainda estão internados em hospitais de Lisboa e Coimbra. O caso mais preocupante é o de uma jovem de 20 anos que está no Hospital de São José, com prognóstico reservado.
GNR vê matagal como terreno limpo em Rio Maior
Os 30 moradores no bairro social da Ribeira de São João, em Rio Maior, queixam-se de viver com "um verdadeiro barril de pólvora" a poucos metros das suas casas. Trata-se de um terreno com vários hectares que é propriedade da Segurança Social – e que está repleto de mato seco, de canaviais e sobrantes de pinheiro com resinas altamente inflamáveis. "Se começa aqui um fogo, isto arde tudo", disse ao CM Emília Martins, uma das moradoras do bairro, que recebeu uma carta da GNR a informá-la de que, "oficialmente, este terreno está classificado como limpo".
Em fevereiro, Emília Martins fez queixa no posto de Rio Maior em relação à falta de limpeza do terreno, alegando que a legislação da garantia de faixas de gestão combustível ao redor das casas não estava a ser cumprida. "Os dois guardas viram esta lixeira e tiraram fotografias", diz a moradora, que, na semana passada, ficou indignada ao receber a resposta à sua queixa, e ao ler que "o Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Santarém deslocou-se ao local, onde constatou que o terreno já se encontrava limpo".
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