Utentes pagam 130 euros para ir de Esposende até ao Porto e quem inicia a viagem em Viana do Castelo terá redução de 40% a partir de setembro.
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"É inadmissível que, para me deslocar de Esposende ao Porto, eu pague mais do que os passageiros que viajam de Viana do Castelo até ao mesmo destino. Tenho de desembolsar 130 euros por mês para fazer 50 quilómetros, mas quem vive na área metropolitana do Porto, pode ir de Arouca à Póvoa de Varzim por 40 euros com o Andante. Não está correto".
O lamento é de Luci Miranda, passageira das carreiras da Auto Viação do Minho que fazem a ligação entre o Alto Minho e a Invicta, revoltada com a discriminação entre utentes dos transportes públicos.
A partir de setembro, os passageiros residentes em Viana do Castelo vão usufruir de uma redução de 40 por centos nos passes sociais daqueles transportes, no âmbito do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART), o que não acontece para quem mora em Esposende.
"Acompanho as queixas dos utentes, mas estamos de mãos atadas porque o valor que nos foi atribuído é ridículo para as necessidades que temos. A não ser que os apoios sejam concedidos aos custos dos impostos pagos pelos cidadãos do concelho", diz ao CM Benjamim Pereira, presidente da Câmara de Esposende. Àquele município foram atribuídos apenas 88 402 euros de apoio, que foram destinados ao transporte escolar.
Já Luís Macedo, da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, refere que, neste primeiro ano do PART, "não há políticas concertadas, o dinheiro é pouco e cada município adotou as medidas com os parcos recursos que recebeu".
"Creio que a cor política estará na base disto tudo"
"Eu creio que a cor partidária estará na base disto tudo. O Governo é PS, a CIM do Alto Minho é PS, a CIM do Cávado e a Câmara de Esposende são PSD. Mas quando eu exerço o meu direito de voto, espero que quem é eleito defenda os direitos da população. As pessoas devem estar em primeiro lugar", desabafa Luci Miranda ao CM
"Forma de distribuir o financiamento cria desigualdades"
Benjamim Pereira, autarca de Esposende, considera que "o PART beneficia os grandes centros urbanos e esquece os concelhos fora das áreas metropolitanas". "A não ser que o Estado atribua verbas aos municípios para ajudar neste apoio, não vejo forma de resolvermos este problema. A ideia de financiar transportes é boa, mas a forma como é feita a distribuição cria desigualdades", concluiu.
"Três quartos do dinheiro ficaram em Lisboa"
Luís Macedo, da CIM do Cávado, espera que haja "uma afinação de políticas" no próximo ano. "Se tivermos em conta que, do dinheiro disponibilizado, três quartos ficaram em Lisboa e o restante foi para o Porto e as 21 CIM do País, facilmente compreendemos as dificuldades que os municípios passam relativamente às políticas que podem implementar", explicou.
Ligações ao metro são insuficientes
Quem reside em Esposende pode usar transportes públicos até à Póvoa de Varzim e seguir no Metro do Porto. No entanto, a Auto Viação do Minho disponibiliza apenas uma ligação de ida, às 06h55, e outra de regresso, às 18h45, o que é impraticável para muitos passageiros.
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