Os sindicatos da PSP e GNR consideram a realização de um concurso público para a aquisição de novas pistolas, uma medida muito positiva por parte do Governo. Isto porque alguns agentes andam na rua com armas da II Grande Guerra. Mas os agentes só vão acreditar quando tiverem as novas pistolas no coldre.
Tal como o CM ontem noticiou, o Governo pretende adquirir um conjunto de 42 a 50 mil pistolas de calibre 9x19mm e respectivos acessórios, no valor máximo de 18 milhões de euros, com o objectivo de substituir integralmente as pistolas da GNR e da PSP.
José Manageiro, dirigente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), afirma ter muitas reservas quanto a esta medida. Diz que é positivo, mas já não acredita em nada, “porque existem muitas promessas feitas, que nunca foram cumpridas”. Para o dirigente, “foi preciso morrerem seis civis, nos últimos tempos, pelas forças de segurança, para o Governo anunciar estas medidas”.
O presidente interino da Associação Socio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG-GNR), José Alho, considera as medidas positivas, uma vez que as armas de que dispõem estão desactualizadas. Por isso, “é necessária a aquisição de novo material, mas não menos importante é investir na formação dos guardas”.
Também este dirigente espera que “esta não seja apenas mais uma promessa” e recorda que há militares com “armas com tantos anos que até encravam”. Algumas das armas usadas hoje pelas duas forças de segurança foram fabricadas em 1938, “como é o caso das pistolas usadas pelos alemães, durante a II Guerra Mundial, e adquiridas pelo Governo de então, que as distribuiu pela GNR”, explicou António Bernardino, presidente ASPIG-GNR.
O militar descreve a situação da GNR como “uma desgraça. 70% dos militares estão em missões especiais e apenas 30% a fazer patrulha. Poucos e com o material que temos, esperemos que não seja só mais uma promessa”, concluiu.
António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP), concorda com esta medida se for concretizada. “A medida é positiva no papel, mas na prática nada disto acontece.” Para António Ramos as “compras” não passam apenas por novas armas, mas também por mais coletes e outros materiais. “Até agora a maior parte do efectivo é que tem comprado algemas, bastões e outros instrumentos de trabalho com o seu próprio dinheiro”, disse ao CM.
A maior parte dos sindicalistas da PSP e GNR já tem inclusive uma pistola de eleição, que acham adequada para todo o efectivo. Trata-se da HK USP, já ao serviço de algumas unidades da PSP. Este modelo foi recentemente melhorado para o modelo HK P30.
Walther PP (Polizei Pistole)
Calibre 7.65 mm, foi concebida na alemanha em 1929. Durante a II Guerra Mundial era usada pela Polícia militar. Pesa 600 gramas.
De origem belga, a pistola FN Browning 1922 de calibre 7,65 mm foi apresentada em 1983. Tornou-se muito popular na Europa, tanto para a Polícia como para defesa.
A Walther P99, calibre 9 mm, foi desenhada em 1994 e apresentada dois anos depois. Pesa 720 gramas sem carregador. É a mais recente arma no seio da Polícia.
Fabricada na Alemanha em 1938, a Walther P38, calibre 9 mm, pesa 950 gramas sem carregador. É das armas de serviço mais pesada.
A Mauser HSC, calibre 7,65 mm, foi concebida em 1937 pelos alemães. Pesa 600 gramas e é caracterizada como uma arma compacta.
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