Ricardo Cardoso é casado com juíza desembargadora que já tinha tomado posição em recurso.
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António Mexia e João Manso Neto querem afastar o juiz que na terça-feira arrasou Ivo Rosa.
O advogado João Medeiros entrou esta quinta-feira com um pedido de afastamento do magistrado do Tribunal da Relação de Lisboa, requerendo também que a sua decisão - que admite o levantamento do segredo bancário e fiscal de Mexia e Manso Neto - fosse considerada nula.
Está em causa o facto de Ricardo Cardoso ser casado com uma juíza desembargadora, do mesmo Tribunal da Relação, que decidiu no mesmo processo. João Medeiros invoca um artigo do Código de Processo Penal que impede que intervenham no mesmo caso juízes que tenham laços de parentesco até ao 3º grau.
A decisão fica agora nas mãos do próprio juiz que assinou o acórdão, sendo ainda passível de recurso para o Supremo Tribunal de Justiça. Até lá, a decisão não transita em julgado e os documentos já recolhidos pelos investigadores mantêm-se num apenso fechado, que não pode ainda ser valorado.
O Ministério Público também ainda não pode procurar novos dados no processo Marquês e BES, conforme pretendiam os procuradores. Ricardo Cardoso disse que o Ministério Público tinha razão e criticou duramente a posição do juiz de instrução Ivo Rosa que foi acusado de "sistematicamente obstaculizar a investigação".
A posição da defesa de António Mexia e João Manso Neto vem provocar novo impasse, num inquérito que já começou em 2012 e que não tem fim à vista.
Não há qualquer prazo para que seja deduzida acusação pública nesta investigação.
Jurisprudência inexistente para casos de recurso
Se Ricardo Cardoso não reconhecer o impedimento, o Supremo terá de pronunciar-se sobre uma matéria sobre a qual não há jurisprudência.
A letra da lei fala em impossibilidade de decidir no mesmo processo, mas as opiniões dividem-se neste caso porque os juízes - marido e mulher - decidiram em fase de recurso.
Participação vai ficar suspensa
A participação do Tribunal da Relação ao Conselho Superior da Magistratura, relativamente ao comportamento do magistrado do Tribunal Central, vai também ficar suspensa até que a decisão transite.
Nesse período, o CSM não pode conhecer o que disseram os juízes.
PORMENORES
Predisposto a prejudicar
O MP alegou que a posição de Ivo Rosa faz criar a convicção, no homem médio, "de que o juiz de instrução terá uma predisposição para prejudicar a posição que o Ministério Público assumiu durante a investigação."
impediu buscas
O juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, decidiu impedir buscas à casa de Manuel Pinho, alegando não existirem indícios "mínimos" de corrupção por parte do ex-ministro da Economia.
Contas bancárias
O magistrado disse que António Mexia tinha de autorizar o acesso aos seus dados bancários, sob pena de ser cometido um crime de acesso ilegítimo. A Relação diz que é absurdo.
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