page view

QUEDA DE GELO CONTINUA UM MISTÉRIO

A queda de blocos de gelo, registados sábado em Tomar e no início de Setembro em Pedrógão, não se enquadra nem nos fenómenos meteorológicos nem nos astronómicos.

13 de outubro de 2002 às 22:46

A hipótese de terem sido largados por aviões foi também rejeitada por fontes da aeronáutica civil contactadas pelo Correio da Manhã.

No espaço de mês e meio, caíram do céu dois blocos de gelo com cerca de 20 quilos. Se no primeiro caso, a água congelada caiu num terreno em Pedrógão Grande, no segundo provocou danos consideráveis no telhado de uma casa em Sabacheira, em Tomar.

“Em termos meteorológicos, não há nenhuma possibilidade de ter sido formado nas nuvens”, sublinhou ao CM o meteorologista Pinto Coelho. Em condições atmosféricas muito violentas, “o máximo que se forma é saraiva, com dimensões semelhantes a ovos de pomba”.

Também o astrónomo Máximo Ferreira rejeita a possibilidade de se tratar de fragmentos vindos do espaço. “Se nem uma pedra cá chega, por que se incendeia, muito menos um bloco de gelo”, explicou o cientista.

Quanto à responsabilidade ser de aviões, ela é rejeitada por especialistas da área. No seu entender, “não há forma de aviões civis largarem objectos e mesmo quando se acumula gelo nas estruturas exteriores é muito difícil que se formem blocos e muito menos que caiam e cheguem ao solo”.

Uma vez que também é rejeitada a hipótese de terem sido aviões, resta esperar que o fenómeno se repita, de forma a que o gelo seja recolhido e a sua composição analisada. Só então o mistério poderá ser desvendado.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8