Segundo fonte judicial, "nenhum dos arguidos foi hoje ouvido, tendo apenas sido identificados".
Os 15 arguidos detidos na terça-feira pela PSP por furto de produtos para venda em feiras e sucatas serão ouvidos na quinta-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, disse à Lusa fonte judicial.
De acordo com o mandado de detenção a que a Lusa teve acesso, são 15 os arguidos, havendo ainda mais 14 pessoas referenciadas por colaboração em atividade criminal, que envolveu furto qualificado, arrombamento de estabelecimentos comerciais, armazéns e fábricas, bem como a cargas acondicionadas em camiões e reboques de transporte de mercadorias.
Segundo a fonte, "nenhum dos arguidos foi hoje ouvido, tendo apenas sido identificados".
"Amanhã [quinta-feira] de manhã prosseguirão os trabalhos para inquirição dos arguidos" bem como "a consulta do processo para conhecimento dos elementos de prova para consubstanciar a defesa", acrescentou.
A operação levada a cabo na terça-feira pela PSP do Porto visou um "grupo organizado" que furtava produtos para venda em feiras e sucatas, descreveu hoje fonte do Comando Metropolitano.
A mesma fonte disse à Lusa que esta investigação decorre desde maio do ano passado e que visa "indivíduos ligados à comunidade romani residentes na Área Metropolitana do Porto".
O grupo operava com "uma assinatura muito própria", pois fazia um buraco na parede dos armazéns e fábricas que assaltava para "contornar" os equipamentos de segurança, normalmente câmaras instaladas nas portas ou janelas.
Segundo o comissário João Soeima, os materiais furtados tinham vários destinos, desde feiras e mercados de todo o país, a sucatas e venda direta a contactos do grupo.
Os detidos são suspeitos de 60 crimes de furto qualificado, "sendo de salientar que, em resultado das práticas ilícitas referenciadas, resultaram prejuízos superiores a 3,5 milhões de euros", acrescenta um comunicado do Comando Metropolitano do Porto.
"Esse valor reflete o preço de mercado. Em termos de matéria-prima, os prejuízos que o grupo causava às vítimas estão estimados em 1,5 milhões de euros", precisou João Soeima.
Além dos 14 homens detidos, foram apreendidas 19 viaturas e armas, num total não especificado pela PSP.
Quanto ao material furtado, o comissário da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto especificou que em causa estão "cerca de 4,5 toneladas de material", desde "milhares de peças de vestuário", a produtos de origem ferrosa e metálica (aloquetes, cadeados, estruturas em alumínio, cobre, janelas, peças de serralharia), bem como eletrodomésticos (telemóveis, máquinas de lavar, aquecedores e televisões).
As viaturas apreendidas são "na sua maioria ligeiros de mercadorias" ou "um ou outro ligeiro de passageiros de topo de gama, o que evidencia o lucro que tinham com a atividade".
Esta operação, que teve início às 05h00 de terça-feira e teve origem numa investigação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, contemplou a realização de 34 buscas domiciliárias e 49 buscas não domiciliárias no Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Matosinhos, Maia, Paços de Ferreira, Santo Tirso e Amarante.
A operação juntou mais de 200 operacionais, dos quais mais de uma centena investigadores, tendo o comissário João Soeima sublinhado a "colaboração" de comandos vizinhos, nomeadamente Vila Real, Aveiro, Braga e Viseu, bem como feito um "agradecimento especial" ao comando da GNR do Porto.
Os detidos serão presentes hoje, às 14h00, ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para aplicação das adequadas medidas de coação.
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