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Arguido pedia adiantamentos a sapateiro

Acusado diz que dinheiro serviu para cobrir empréstimos.

14 de janeiro de 2016 às 14:10

Durante quase um ano, Vítor Ribeiro, ex-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leixões, apropriou-se, segundo o Ministério Público, de cerca de 46 mil euros pertencentes à instituição. A quantia é referente a 40 cheques que mandou levantar e nos quais terá adulterado a assinatura do vice-presidente. Foi acusado de peculato e falsificação de documentos e esta quarta-feira, no início do julgamento, no tribunal de Matosinhos negou os crimes.

"Não me apoderei de cheques nenhuns. A instituição passava por uma crise financeira e alguns funcionários ficavam sem receber. Então pedi adiantamentos a pessoas conhecidas. Os cheques foram apenas o pagamento desses valores que me eram facilitados", justificou.

Vítor Ribeiro garantiu ainda que não falsificou a assinatura do vice-presidente – apesar de uma perícia já ter assegurado que o nome foi adulterado. "Nunca faria isso. Nem pediria para o fazerem. O vice assinava os cheques sempre que eu lhe pedia e estava lá o valor", disse.

O arguido explicou que era uma pessoa muito conhecida em Matosinhos e pedia adiantamentos a amigos, um deles sapateiro. "Sempre que lhe pedia, ele desenrascava-me", frisou, o que levou a juíza-presidente duvidar da liquidez mensal do ‘amigo’. "Vou deixar esta profissão e ser sapateira", assumiu a magistrada. Na quarta-feira foi ainda ouvido o atual presidente, Aires Aleixo. "Iniciei funções e a conta da associação foi logo penhorada", contou.

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