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Irmãs adotadas contam abusos sexuais do pai

Adolescente mais nova ficou grávida do suspeito.

15 de abril de 2016 às 01:45

As três irmãs adotadas relataram ontem ao Ministério Público e ao juiz de instrução de Vila Real anos de abusos sexuais. As jovens, de 13, 15 e 17 anos, foram ouvidas para memória futura e acusaram o pai, um empreiteiro de 50 anos, que foi preso há cerca de um mês. A mais nova deu à luz, há duas semanas, uma menina, que os exames de ADN já confirmaram ser fruto de uma violação de que foi alvo por parte do pai adotivo.

Esta jovem já tinha descrito os crimes, mas ontem foi a primeira vez que as duas irmãs mais velhas o fizeram formalmente no tribunal. Contaram que também elas eram forçadas a atos sexuais e que sempre mantiveram o silêncio por medo.

As declarações prestadas pelas três vítimas ficam já como prova em tribunal, o que significa que as adolescentes não terão, assim, de prestar depois depoimento, na fase de julgamento.

Ontem, também o empreiteiro, que está preso preventivamente, foi levado ao tribunal. Foi confrontado com as declarações das filhas, mas ficou em silêncio. Não quis falar sobre os abusos a que sujeitou as menores, adotadas há cerca de oito anos pelo suspeito e pela mulher, uma professora universitária, que tem feito questão de apoiar o marido.

As três adolescentes foram retiradas à família após o caso ter sido descoberto. As duas vítimas mais velhas encontram-se agora a viver numa instituição, sendo que a irmã mais nova está numa casa destinada a jovens grávidas.

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