A partir desta terça-feira voltam a ser gratuitos, desde que prescritos e não custem ao Estado mais do que 10 euros.
Incidência da Covid-19 obriga Governo a recuar e a comparticipar testes
Dois dias depois de a ministra da Saúde, Marta Temido, ter dito que não fazia sentido o regresso dos testes gratuitos à Covid-19 nas farmácias (na quarta-feira), o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, assinou uma portaria que faz regressar os testes comparticipados a 100%.
A portaria, assinada na sexta-feira, publicada esta segunda-feira e que entra em vigor esta terça-feira, determina que os testes rápidos de antigénio de uso profissional voltam a ser gratuitos nas farmácias até ao final de junho, desde que sejam prescritos e não custem ao Estado mais de 10 euros. Até agora apenas era possível fazer testes prescritos e comparticipados a 100% nos laboratórios com acordo com o Serviço Nacional de Saúde. O regime excecional de comparticipação de testes, que terminou em abril, contou com mais de 1400 farmácias e quase 720 laboratórios de análises e 150 outras entidades.
O recuo do Governo, que há menos de uma semana garantia, pela voz de Marta Temido, que o regresso dos testes gratuitos poderia fazer sentido "numa outra altura em termos de sazonalidade da infeção" e que a aposta agora é na "na prescrição através da Linha de Saúde 24", acontece precisamente devido à incidência de casos "muito elevada no País, com tendência crescente".
Portugal é atualmente o País no Mundo, dos que têm pelo menos 1 milhão de habitantes, com a mais alta taxa de mortalidade por Covid-19 (22,23 óbitos por milhão de habitantes) e o segundo com maior taxa de incidência de casos, só atrás de Taiwan, segundo o site estatístico ‘Our World In Data’.
Desde o alívio das restrições, nomeadamente a obrigatoriedade do uso de máscara em quase todos os locais públicos, foram registados no País quase 550 mil casos e 720 óbitos por Covid-19. No domingo, segundo a Direção-Geral da Saúde, foram diagnosticados 10 024 casos (desde 6 de fevereiro que não havia tantos casos a um domingo) e registaram-se 36 mortes – terceiro dia consecutivo com mais de 30 óbitos, algo que já não acontecia desde o final de fevereiro.
Mais de 118 milhões em comparticipações
Os cerca de oito milhões de testes gratuitos de despiste da Covid-19, feitos ao abrigo do regime excecional que tinha terminado no final de abril, representaram uma comparticipação de mais de 118 milhões de euros, segundo o Ministério da Saúde.
Farmácias estão a preparar-se
A Associação Nacional de Farmácias considerou "bastante positiva" a comparticipação dos testes prescritos à Covid-19, uma medida que está ainda a ser operacionalizada a nível técnico com os serviços do Ministério da Saúde.
Mais do triplo de casos em meio ano
O ano de 2022 ainda não vai a meio e o número de casos de Covid-19 em Portugal mais que triplicou face a todo o ano passado. Desde 1 de janeiro foram registados 3 090 361 casos, quando em todo o ano passado foram 1 017 104.
São João mantém consultas e cirurgias
O Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, decidiu esta segunda-feira não elevar o nível de contingência para a Covid-19, mantendo-se no patamar 2 que pode implicar o alargamento de espaços de Enfermaria, mas não a interrupção de atividade programada.
"Será revista a necessidade [de mudar ou não de nível de contingência] durante a semana", disse o CHUSJ, em comunicado. A manutenção do plano de contingência no nível 2 pode significar o alargamento de espaços, nomeadamente com abertura de novas enfermarias, mas não está em causa a suspensão de atividade programada (consultas e cirurgias). No CHUSJ estavam à data de esta segunda-feira internados 104 doentes com SARS-CoV-2, 11 dos quais em Cuidados Intensivos.
Na quarta-feira, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, Nelson Pereira, avançou que estava a ser ponderada a ativação do nível de contingência. O responsável contou que o CHUSJ somava cerca de 200 profissionais infetados.
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