Especialistas alertam para a prevenção da doença.
Todos os anos surgem no nosso país cerca de 4000 novos casos de cancro da cabeça e pescoço, uma doença ainda desconhecida da população e dos profissionais de saúde. Os especialistas alertam para a necessidade de uma maior divulgação da doença com vista a uma maior prevenção.
"Há um grande desconhecimento sobre o que é um tumor da cabeça e pescoço, que não inclui o tumor no cérebro", explicou ao CM Jorge Santos, diretor do serviço de Cirurgia da Cabeça e Pescoço do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.
"É preciso ter a noção de que este tipo de tumor existe e que quando é diagnosticado precocemente é tratável, curável e com um mínimo de mutilação", sublinha o especialista.
Mais de metade dos tumores localizam-se no nariz, boca, laringe e esófago, mas também surgem tumores localizados na tiroide, glândulas salivares e na pele.
O tabaco é um dos principais fatores de risco para o cancro da cabeça e pescoço e o seu consumo associado ao álcool aumenta de forma exponencial o aparecimento de novos casos de doença oncológica.
Os homens foram até agora quem mais sofreu com este tipo de tumor no nosso país mas a situação tem vindo a ser alterada nos últimos anos com o aumento de casos diagnosticados nas mulheres, devido ao tabaco.
"Nos últimos anos, os homens têm vindo a deixar de fumar mas há cada vez mais mulheres a fumar e isso tem consequências mais tarde no aparecimento de casos de cancro", refere o médico.
Os tumores da cabeça e pescoço provocam uma média de quatro mortes por dia no nosso país.
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