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Morreram 30 pessoas por coronavírus nas últimas 24 horas em Portugal. Há mais 750 infetados

Há mais 110 pacientes recuperados face a quarta-feira.

16 de abril de 2020 às 12:39

Subiu para 629 o número de mortos por coronavírus em Portugal, segundo informação avançada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) esta quinta-feira. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se mais 30 vítimas mortais nas últimas 24 horas.

No total estão 18841 pessoas infetadas, mais 750 face a quarta-feira, o que representa um aumento de 4,1% perante os dados de ontem. 3910 aguardam ainda pelos resultados laboratoriais.

Até ao momento há 1302 pessoas internadas, das quais 229 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.

O número de casos recuperados subiu para 493, o que corresponde a um aumento de 110 casos em relação a terça-feira.

Segundo o boletim epidemiológico, a distribuição dos casos faz-se da seguinte forma: a região Norte tem 355 mortos e 11237 casos; a região Centro contabiliza 146 mortes e 2756 casos; já na região de Lisboa e Vale do Tejo são 114 as mortes registadas e 4237 pessoas infetadas; a região do Alentejo continua sem registar mortes e conta com 156 casos; a região sul, do Algarve, contabiliza 9 vítimas mortais e 300 casos de Covid-19. O boletim regista ainda quatro óbitos nos Açores e 102 casos positivos de infeção. Já na Madeira não há registo de mortes, e o balanço desta quinta-feira contabiliza 53 casos. De notar que o boletim divulgado ontem pela DGS dava conta de 59, o que significa uma diminuição de seis infetados. A situação ainda não foi alvo de esclarecimento por parte das autoridades de saúde.

Desde dia 1 de janeiro de 2020 que já foram registados um total de 154727 casos suspeitos.

Na conferência de imprensa habitual aos jornalistas, António Sales, Secretário de Estado da Saúde, recorda que a vacina " única vacina que dispomos é do distanciamento social" e voltou a reforçar que o regresso à normalidade deverá ser feito de forma gradual.

Portugal voltou a receber material de proteção, nomeadamente "cerca de 900 mil respiradores FFP2 e FFP3 e cerca de 3 milhões de máscaras cirúrgicas entre outros equipamentos como luvas e protetores de calçado que continuamos a distribuir pelo país de acordo com as necessidades", sublinhou o Secretário da Saúde.

Durante esta quinta-feira será publicado um manual para ajudar as famílias a lidar com o isolamento, numa altura em que "estamos certos que os portugueses continuam à altura deste enorme desafio", incentiva António Sales, que relembra "a luz ao fundo do túnel tornar-se-á em breve mais brilhante".

Relativamente ao significado do R0, um indicador que tem surgido no contexto de casos de coronavírus, este representa o número necessário de pessoas infetadas para que a epidemia se mantenha. "Cada infetado transmite a um determinado número de pessoas", sublinhou a Diretora-geral da saúde, Graça Freitas, que recorreu ao exemplo da Noruega para explicar o indicador.

"A Noruega decidiu que quando o R0 fosse de 0,7, que estaria na altura de descomprimir as medidas", explicou, indicando que Portugal tem a vantagem de ter começado "o período epidémico mais tarde".

A Diretora-geral da saúde avançou que existe já em Portugal um grupo de cientistas e médicos clínicos e de saúde pública "na gestão destas situações". O grupo de trabalho está a avaliar qual será a melhor altura ideal para o País começar a descomprimir relativamente às medidas de contenção. Graça Freitas admitiu que o País está perto do 1.

Neste momento há 2131 profissionais de saúde infetados coma Covid-19, nomeadamente 396 médicos, 566 enfermeiros e 1169 pessoas, dispersas entre operacionais, assistentes e outros funcionários.5

"Muitos profissionais de saúde, que ficaram em casa, terão ficado em vigilância passiva, eles próprios, a averiguarem os seus sintomas e a reportarem às autoridades de saúde", recordou António Sales ao revelar os números.

As clínicas estão atualmente orientadas para ter dois circuitos: um para doentes Covid-19 e outro para doentes não Covid-19, explicou a Diretora-geral da saúde.

Os casos graves estão a ser acompanhados em ambiente hospitalar. No caso de doentes de hemodiálise, que estejam em ambulatório, podem ser acompanhados nestas clínicas.

"Isto é um surto global, com grande dinamismo e temos tomado medidas de acordo com a proporcionalidade do surto", relembrou.

Quanto ao número de testes realizados ao coronavírus no País, o dia 9 de abril continua a ser o dia com mais testes, um total 12087.

António Sales reforçou que as oscilações diárias no número de testes "são normais, mas os números evidenciam também a nossa melhor capacidade de testagem".

Cerca de Ovar levantada em breve

A cerca sanitária, imposta em Ovar a 17 de março, vai ser levantada em breve, anunciou Graça Freitas. "Ovar foi alvo de medidas extraordinárias porque tinham dinâmicas da doença muito intensas. A avaliação epidemiológica em Ovar já não é uma situação especial. Tem características semelhantes às de outras zonas do país. Houve também um reforço do SNS no sentido de responder às situações de doença. Temos que pensar também nos fatores da população, sujeita a grande stress", afirmou.

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