Número de recuperados subiu para 383, face aos 347 de ontem.
Subiu para 599 o número de mortos por coronavírus em Portugal, segundo informação avançada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) esta quarta-feira. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se mais 32 vítimas mortais nas últimas 24 horas.
No total estão 18091 pessoas infetadas, mais 643 face a terça-feira, o que representa um aumento de 3,5% perante os dados de ontem. 4060 aguardam ainda pelos resultados laboratoriais. Na terça-feira, este número situava-se 2474.
Até ao momento há 1200 pessoas internadas, das quais 208 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.
O número de casos recuperados subiu para 383, o que corresponde a um aumento de 36 casos em relação a terça-feira.
Segundo o boletim epidemiológico, a distribuição dos casos faz-se da seguinte forma: a região Norte tem 339 mortos e 10751 casos; a região Centro contabiliza 136 mortes e 2629 casos; já na região de Lisboa e Vale do Tejo são 111 as mortes registadas e 4102 pessoas infetadas; a região do Alentejo continua sem registar mortes e conta com 155 casos; a região sul, do Algarve, contabiliza 9 vítimas mortais e 295 casos de Covid-19. O boletim regista ainda quatro óbitos nos Açores e 100 casos positivos de infeção. Já na Madeira não há registo de mortes, mas 59 pessoas deram resultado positivo.
70% dos novos casos desta quarta-feira, registaram-se na região Norte, 12% no Centro, 17% na região de Lisboa e Vale do Tejo e 1% no Algarve. Alentejo, Açores e Madeira não aumentaram os valores face a ontem.
Desde dia 1 de janeiro de 2020 que já foram registados um total de 150804 casos suspeitos.
DGS admite possibilidade de novos picos na curva da pandemia de coronavírus
O Subdiretor-Geral da Saúde, Diogo Cruz, admitiu durante a conferência de que poderá haver novos picos na curva da pandemia de coronavírus e que, mediante essa avaliação diária, serão retiradas ou implementadas as medidas de distanciamento e isolamento. Esta questão surge em resposta ao estudo de Harvard que indica que possam ter de ser mantidas medidas de distanciamento social até 2022 em regime "on" e "off".
Quanto aos ensaios que têm sido feitos que vinculam a imunidade à toma da vacina da BCG, Diogo Cruz
afirma que estes não são ainda suficientes para confirmar que esta é a resposta. Os últimos estudos explicam que, quando comparados os países afetados pela pandemia, os que têm maior percentagem de vacinação da BCG têm resultados mais animadores comparados com outros onde essa vacina é pouco tomada.
O subdiretor-geral da saúde garante, no entanto, que esses ensaios ainda não são suficientes para atestar a eficácia da vacina BCG uma vez que a taxa de mortalidade nos diferentes países depende de vários fatores.
A medidas que têm sido tomadas e o agradecimento aos profissionais na linha da frente
O Secretário de Estado da Saúde, António Sales, afirmou ainda que foram distribuídos mais de 265 mil testes pelas cinco administrações regionais de saúde e nas duas regiões autonómas.
Quanto às chamadas na linha de apoio psicológico do INEM, Luís Meira admitiu que houve uma subida: "Estamos com 50 e poucas chamadas por média por dia". O presidente do INEM mencionou ainda outras vítimas da pandemia: as que sofrem de violência doméstica. Segundo o mesmo foi criado um circuito para "garantir o transporte de testagem de vítimas de violência doméstica antes da entrada nos abrigos de emergência de forma a garantir a segurança e saúde de todos".
Luís Meira garantiu ainda a segurança e ressalvou que a população pode, "e deve", confiar no Sistema Nacional de Saúde, mesmo no que toca a emergências que não tenham a ver com o Covid-19. "Está garantida a segurança", sublinhou acrescentando que foram tomadas todas as medidas para prevenir o contágio nas unidades de saúde.
O presidente do INEM revelou ainda que as forças armadas tem preparadas mais de 100 camas em Lisboa e 10 camas em cuidados intensivos para receberem doentes Covid-19 positivos caso seja necessário.
"Vivemos tempos excecionais, é natural que os profissionais sintam na pele essa exigência, nunca virando a cara à luta, estão na primeira linha. Há consequências para os próprios e para as respetivas famílias", reconhece com uma mensagem de agradecimento. Foi criada uma estrutura de acompanhamento dos profissionais infetados incluindo o apoio psicológico "muito importante, nas palavras de Luís Meira.
A conferência de imprensa da DGS desta quarta-feira ficou ainda marcada por um agradecimento tanto por parte do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales e o Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Emergência Médica - INEM, Luís Meira aos profissionais na linha da frente desta luta. "Muitos são os profissionais envolvidos nesta batalha, todos, sem exceção merecem o nosso recenhecimento, consideração e agradecimento", afirmou António Sales.
O alívio das medidas de contenção
Segundo Secretário de Estado da Saúde, António Sales, as medidas serão aliviadas mediante a progressão da curva da pandemia e ressalva - remetendo para as notícias dos media estrangeiros que assumem que Portugal tem sido um caso de sucesso no controlo da doença - que "devemos assumir de forma responsável a curva em planalto que estamos a ter e isso é reflexo do civismo dos portugueses". "Não nos comparamos com outros países porque isto não é uma luta de números. Estamos solidários com todos os países, sublinhou.
Diogo Cruz afirma que apenas pode aconselhar o Governo pois a decisão de aliviar estas medidas não cabe à DGS: "Temos visto um aplanar da curva, e naturalmente temos estado a estudar quando poderemos aliviar medidas em segurança".
Taxa de mortalidade em Portugal é de "5,5 por 100 mil habitantes"
O Subdiretor-Geral da Saúde, Diogo Cruz, explica ainda como está Portugal a contabilizar os mortos.
"A mortalidade por covid são todas as pessoas que estejam infetadas independetemente de outras causas", esclareceu indicando que, quando comparados com outros países que não façam este tipo de contabilização, os nossos números são superiores devido a esse fator.
"Podemos ter numero de óbitos maiores de outros países que classificam de forma diferente", conclui.
INEM fez cerca de mil transportes desde março
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) fez cerca de mil transportes no âmbito da covid-19, desde março, e mais de 3.200 colheitas para análises, enumerou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.
"Estas colheitas foram feitas ao domicílio, em lares, junto das forças de segurança, entre outras, e o dispositivo está preparado para testagem nos estabelecimentos prisionais e centros educativos, em caso de haver suspeita de covid-19", disse o governante durante a habitual conferência de imprensa, em Lisboa, para atualizar a informação relativa ao surto do novo coronavírus, que mantém o país em estado de emergência.
O secretário de Estado referiu que coube ao INEM, em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade e o Ministério da Administração Interna, a criação de um circuito para garantir "a testagem e transporte de vítimas de violência doméstica" antes da entrada nos abrigos de emergência.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.